Com a sua coroa dourada e o bico vermelho, o macho desta espécie faz deste um dos patos mais chamativos que podemos encontrar nas nossas lagoas.
Em perigo (população residente) Quase ameaçado (invernada)
Taxonomia
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Netta
Espécie: Netta rufina (Pallas, 1773)
A espécie é monotípica.
Identificação
Os machos são inconfundíveis, possuindo uma cabeça em tons dourados e alaranjados, e um bico vermelho, bastante contrastante com o peito preto. Os flancos claros, e a cauda escura compõem as restantes características distintivas. Já as fêmeas e os jovens possuem como marcas mais distintivas as bochechas claras e uma coroa castanho escura, sendo o dorso mais escurecido contrastante relativamente aos flancos claros.
Abundância e Calendário
Espécie pouco comum, sendo a sua distribuição bastante localizada. Pode ser encontrada durante todo o ano. Os números variam pouco entre o período estival e o Inverno.
Mapas
Onde Observar
Este pato pode ser encontrado em lagoas e albufeiras, sobretudo aquelas que possuem bom desenvolvimento de vegetação nas margens.
Lisboa e Vale do Tejo – pode ser encontrado em alguns tanques abandonados de salinas no estuário do Tejo, com destaque para as salinas de Alverca; ocorre igualmente nas lezírias da Ponta da Erva, particularmente nas marinhas da Saragoça. |
Alentejo – a lagoa de Santo André, onde regularmente se observam centenas destes patos, é o principal local de ocorrência no país; a espécie também se observa nas vizinhas lagoas da Sancha e de Melides e nalgumas albufeiras e lagoas do Baixo Alentejo, nomeadamente nas regiões de Castro Verde, Cuba e Reguengos de Monsaraz (Herdade do Esporão), bem como na Albufeira do Caia. Recentemente a espécie foi vista na albufeira de Alqueva. |
Algarve – a Quinta do Lago e a foz do Almargem são dois dos melhores locais do país para observar esta espécie, que por vezes também aparece na lagoa das Dunas Douradas, na lagoa dos Salgados e na lagoa de Aldeia Nova. |
Saber Mais
Este pato é de presença relativamente recente na Europa – pensa-se que terá colonizado este continente a partir de 1830. Ao longo desta conversa falamos um pouco do processo de expansão, que ainda não parece ter terminado. Descrevemos com mais detalhe a situação em Portugal, desde os primeiros avistamentos na década de 1960 até à situação actual. Abordamos também a questão dos movimentos e do processo de muda.
Documentação
Ficha do pato-de-bico-vermelho no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)
Ficha do pato-de-bico-vermelho no Plano Sectorial da Rede Natura 2000