Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Quando chega o final do Verão, Portugal é invadido por milhares de felosas-musicais, em passagem para África. Esta espécie surpreende por ser destemida e permitir aproximações por parte do observador.

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Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Phylloscopidae
Género: Phylloscopus
Espécie: Phylloscopus trochilus (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 3

Em Portugal deverão ocorrer duas subespécies: a nominal e a P. t. acredula.

Identificação

Semelhante à felosa-comum, distingue-se sobretudo pela lista supraciliar bem marcada, das patas pálidas (alaranjadas) e pelo facto de possuir asas mais longas com maior projecção das primárias. O dorso apresenta uma coloração cinzento-esverdeado, e o peito e abdómen são claros com laivos de amarelo (especialmente nos juvenis).

Sons

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Abundância e Calendário

Ocorre exclusivamente em passagem migratória. Durante a passagem outonal pode ser uma espécie abundante, e observável numa grande variedade de habitats. Ocorre de Agosto a Novembro, centrando-se o melhor período de observação  no mês de Setembro. Pode também ser vista na passagem pré-nupcial, durante os meses de Março e Abril, mas nesse período é bastante mais rara.

Mapas

Onde Observar

Trata-se de uma espécie nem sempre fácil de detectar visualmente, embora não seja muito tímida. No entanto, assim que é detectada auditivamente, permite aproximações suficientes de modo a ser detectada no meio da folhagem onde ocorre frequentemente.

 

Entre Douro e Minho – espécie relativamente comum durante a passagem outonal em locais como o Parque da Cidade do Porto e o Pinhal do Camarido, no estuário do Minho.

 

Trás-os-Montes – presente de uma forma dispersa durante a migração, poderá ser vista em locais como a serra do Gerês e a albufeira do Azibo, assim como nas serras de Montesinho e da Coroa.

 

Litoral centro – pode ser observada com regularidade em locais como a lagoa de Óbidos, a ria de Aveiro, o paul da Madriz e o paul do Taipal.

 

Beira interior – durante a passagem a sua presença não é muito evidente nesta região, podendo ser encontrada no Tejo Internacional e na albufeira de Idanha. Ocasionalmente também se observa na serra da Estrela.

 

Lisboa e vale do Tejo – os melhores locais são o estuário do Tejo (por exemplo nas lezírias da Ponta da Erva) e o cabo Espichel, sendo também regularmente observada em jardins da cidade de Lisboa, assim como na lagoa de Albufeira e na serra da Arrábida. Por vezes observa-se no Parque do Tejo.

 

Alentejo – é frequente durante a passagem outonal na lagoa de Santo André e no estuário do Sado. Também pode ser vista no cabo Sardão e na lagoa dos Patos.

 

Algarve – os melhores locais são o cabo de São Vicente e o Ludo, assim como a ria de Alvor e a Quinta do Lago, onde esta é uma espécie comum no final do Verão e no princípio do Outono.

 

Ligações externas