Esta espécie pertence à Ordem Piciformes.

Mais vezes ouvido do que visto, o pica-pau verde faz-se notar sobretudo pela sua “gargalhada”, como que troçando dos observadores.

 

Taxonomia

Ordem: Piciformes
Família: Picidae
Género: Picus
Espécie: Picus sharpei (H Saunders, 1872)
A espécie é monotípica.

Identificação

É o maior dos nossos pica-paus. O corpo é verde, tendo uma tonalidade mais clara(quase amarelada) no uropígio. A coroa é vermelha, tendo o macho também o bigode vermelho. Em voo é característico o seu voo ondulado. Pode confundir-se com a fêmea de papa-figos.A sua vocalização, que parece uma risada descendente, deu origem a um dos mais curiosos nomes vernáculos: “cavalo-rinchão”. Também é conhecido pelos nomes de peto-verde e peto-real.

Sons

Para ouvir a vocalização do pica-pau-verde, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

O pica-pau-verde distribui-se por todo o território, sendo aparentemente um pouco mais numeroso no norte que no sul. Surge principalmente associado a zonas florestais, geralmente com algumas clareiras. Apresenta alguma preferência por pinhal, embora também ocorra noutros tipos de bosques. Tal como os outros pica-paus, é uma espécie residente e pode ser observado durante todo o ano.

Mapas

Onde Observar

Qualquer zona densamente florestada, mas especialmente os pinhais, são favoráveis à observação desta espécie.

 

Entre Douro e Minho – frequente na serra da Peneda; também pode ser observado na zona de Guimarães e no vale do rio Lima (nomeadamente na veiga de São Simão e nas lagoas de Bertiandos).

 

Trás-os-Montes – observa-se nas serras mais importantes: Gerês, Larouco, Coroa e Montesinho, embora também possa ser visto noutros locais.

 

Litoral centro – comum ao longo das zonas de pinhal, pode ser visto nas Dunas de São Jacinto, na zona de Mira e no pinhal de Leiria.

 

Beira interior – distribui-se pelas zonas mais florestadas dos distritos de Viseu e da Guarda e pode ser visto ou ouvido com regularidade na lagoa da Urgeiriça, na serra da Estrela e na zona de Celorico da Beira.

 

Lisboa e Vale do Tejo – as serras de Sintra e da Arrábida são dois dos melhores locais da região para observar este pica-pau, que também ocorre, mas em menor número, na serra de Montejunto e no estuário do Tejo (na zona de Pancas). Ocorre igualmente no cabeço de Montachique.

 

Alentejo – os pinhais do litoral (nomeadamente na parte sul do estuário do Sado ou junto à  lagoa de Santo André) e a serra de São Mamede são alguns dos locais onde a espécie pode ser vista com mais regularidade. No interior, ocorre na zona de Mértola e na Mina de São Domingos.

 

Algarve – escasso no litoral, excepto na zona entre Vilamoura e a lagoa  do Garrão, onde parece ser regular, e na extremidade oriental, aparecendo junto à lagoa de Aldeia Nova; pode ser visto com mais facilidade no interior, nomeadamente nas serras do Espinhaço de Cão, de Monchique e do Caldeirão.

 

Saber Mais

Partilhamos aqui uma pequena apresentação na qual poderá rever os principais critérios de identificação das espécies de pica-paus que ocorrem em Portugal.

 

 

 

Ligações externas