- Esta espécie pertence à Ordem Procellariiformes.
Apesar da sua pequena dimensão, a capacidade de voo e de enfrentar condições climatéricas adversas são soberbas. Daí que seja imperdível observar os constantes voos desta pardela em frente às nossas costas, onde se podem aglomerar em bandos de dimensão considerável
Taxonomia
Ordem: Procellariiformes
Família: Procellariidae
Género: Puffinus
Espécie: Puffinus mauretanicus PR Lowe, 1921
A espécie é monotípica.
Identificação
Esta é uma pardela de pequenas dimensões, rechonchuda, de tonalidade castanha escura, normalmente com abdómen e asas pálidas. Existe alguma variação de tons de plumagem dentro desta espécie, podendo ir do quase totalmente escuro (semelhante a uma pardela-preta, embora esta seja de maiores dimensões) a plumagens semelhantes a uma pardela-sombria. No entanto, nunca apresenta o padrão preto e branco desta última, sendo de um castanho mais esbatido que se prolonga pelos flancos e peito, e também pelas infra-caudais. É uma espécie sobretudo costeira, que segue facilmente os navios pesqueiros, podendo formar bandos de algumas centenas de exemplares, sendo raramente observada isoladamente.
Abundância e Calendário
Esta espécie é mais comum fora da época de reprodução, entre Julho e Fevereiro. O melhor período de observação decorre entre Setembro e Janeiro, quando uma parte significativa da população passa pela costa portuguesa.
Mapas
Onde Observar
Dada a sua enorme mobilidade durante o ciclo de vida esta pardela está presente em todas as alturas do ano junto à costa portuguesa, variando bastante as quantidades observadas. Tal como as restantes aves marinhas, a observação fica facilitada durante a execução de saídas pelágicas.
Entre Douro e Minho – ocorre regularmente ao longo de todo o litoral desta região, sendo os melhores locais de observação a foz do Cávado e o Cabedelo (estuário do Douro), já que é habitual ocorrerem bandos frente a estes pontos. |
Litoral centro – esta é uma das melhores regiões para observar a espécie, especialmente frente à praia do Furadouro, barra de Aveiro e cabo Mondego. Também frente ao cabo Carvoeiro, pois ocorre frequentemente em passagem. |
Lisboa e Vale do Tejo – o cabo Raso é sem dúvida o melhor local de observação. Também pode ser uma espécie numerosa frente ao cabo Espichel e à costa do Estoril. |
Alentejo – pouco frequente no litoral desta região, pode ainda assim ser observada frente ao cabo Sardão. |
Algarve – o cabo de São Vicente é o melhor local para detectar esta espécie. Ocorre também frente ao cabo de Santa Maria, à ponta da Piedade e à ria de Alvor. |
Documentação
Ficha da pardela-balear no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)
Atlas das Aves Marinhas – Puffinus mauretanicus
Ligações externas
- A ave marinha mais ameaçada da Europa
- Pescadores da região Aveiro-Nazaré podem ajudar a proteger a ave marinha mais ameaçada da Europa
- Oceanário e SPEA unem-se para proteger a pardela-balear
- Atlas das aves marinhas de Portugal – Puffinus mauretanicus
- Associação para a invsetigação do meio marinho – Puffinus mauretanicus