Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Apelidada de «Dama dos bosques», a galinhola é uma ave misteriosa e, embora relativamente comum, muito difícil de observar se não for especificamente  procurada.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Scolopacidae
Género: Scolopax
Espécie: Scolopax rusticola Linnaeus, 1758
A espécie é monotípica.

Identificação

É uma limícola da mesma família das narcejas, aves com as quais apresenta muitas semelhanças morfológicas. Porém, tem uma envergadura que a aproxima mais da perdiz. A sua plumagem, em tons castanhos-arruivados, serve-lhe de camuflagem perfeita nos locais que frequenta. Possui um bico forte e comprido e uma cauda curta, sendo as suas asas compridas e arredondadas.

Abundância e Calendário

A galinhola é uma espécie invernante em Portugal continental, chegando os primeiros indivíduos em finais de Outubro. Ocorre de norte a sul, sendo talvez mais comum a norte do rio Tejo. É uma ave típica dos bosques, podendo frequentar um grande número de habitats, desde que associados a matas densas com sub-bosque húmido e algumas clareiras. Frequenta preferencialmente áreas de pinhal, eucaliptais, carvalhais, montados; e estevais, giestais e urzais densos.

Mapas

Onde Observar

Devido aos seus hábitos furtivos e crepusculares, a galinhola não é uma espécie fácil de observar. Na maioria dos casos apenas é avistada se for levantada pelo observador ao passar muito próximo do local onde a ave se encontra. Geralmente, ao fim do dia, as galinholas saem dos matos e dirigem-se para zonas de alimentação mais abertas. Por vezes, embora já com muito pouca luz, é possível observá-las nestas deslocações.

 

Trás-os-Montes – ocorre nas serras mais arborizadas desta região (Montalegre, Montesinho, Nogueira).

 

Litoral centro – sabe-se que frequenta os pinhais da região centro (Figueira da Foz, Mira), tendo também já sido vista na zona do paul da Madriz; também é frequente entre Óbidos e Alcobaça.

 

Lisboa e Vale do Tejo – a galinhola tem sido vista nalgumas zonas de montado do Ribatejo (Campo de Tiro de Alcochete, Santo Estêvão, Biscainho, Rio Frio).

 

Alentejo – pouco comum nesta região, conhecem-se registos nas serras de Grândola e de Portel.

 

Algarve – a espécie ocorre nas serras de Monchique e do Caldeirão.

 

Documentação

Ficha da galinhola no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ligações externas