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Albufeira do Maranhão
A Barragem do Maranhão, construída sobre a ribeira de
Seda, é uma das maiores do norte alentejano. Embora
sem a riqueza ornitológica das vizinhas albufeiras de
Montargil e do Caia, esta barragem é bastante fácil de
explorar e permite realizar algumas observações
interessantes. Aqui ocorre uma das maiores
concentrações de milhafres-pretos do Alentejo. Quando
o nível da água desce a valores muito baixos, surgem
zonas de lamas expostas que atraem limícolas e outras
aves aquáticas.
Visita:
A melhor forma de explorar a Barragem do Maranhão consiste em usar as pontes
como locais de observação. Estas pontes são em número de seis e permitem obter
uma boa perspectiva sobre a albufeira.

A vila de
Avis serve de ponto de partida para explorar a albufeira. Logo à saída da
vila, na direcção de Ponte de Sor, pela N244, existem duas pontes, ambas com
parqueamento numa das extremidades. Aqui é possível observar o
milhafre-preto, a
andorinha-das-rochas e diversas espécies de garças. A rola-turca pode geralmente
ser ouvida a cantar nas imediações.

Prosseguindo para norte, ao longo da N370, ao fim de 6 km surge a ponte de
Benavila, junto à localidade com o mesmo nome. Logo após a ponte, vê-se a
capela de Nossa Senhora de Entre Águas, onde é possível estacionar e observar a
albufeira. Neste local, para além dos ubíquos
milhafres-pretos, que por vezes voam
a baixa altura sobre a ponte, e das
andorinhas-dos-beirais, que nidificam sob a
mesma, merece referência o
pardal-espanhol, que nidifica nos plátanos ao longo da
estrada, mesmo em frente à capela. Continuando pela N370, alguns km mais
adiante deve virar-se à esquerda pela estrada municipal que segue na direcção de
Valongo, surgindo então uma nova ponte (denominada Ponte de Pedrógão). Neste
local pode ver-se o
mergulhão-de-crista, bem como a garça-real e o já habitual
milhafre-preto.

Voltando a Avis, pode agora tomar-se a N243 para leste até à localidade de
Ervedal. Aqui existe uma curiosa ponte suspensa (que parece uma miniatura da
Ponte 25 de Abril, em Lisboa). Os pilares da ponte servem de suporte a dois ninhos
de
cegonha-branca. Os milhafres-pretos são também uma presença constante
neste local e os
patos-reais também costumam frequentar o local.
Olhando para nascente, é geralmente possível ver
ao longe uma colónia de garças, implantada em
árvores sobre a albufeira. Continuando para leste
ao longo da N243 e virando à esquerda na
direcção de Figueira e Barros, surge a sexta
ponte, que é frequentada pela
andorinha-das-rochas e pela andorinha-dáurica.
Ao longo da ribeira existe vegetação arbustiva,
podendo o
rouxinol-comum ser ouvido a cantar.

Sugere-se ainda uma visita ao
paredão da
barragem
. Para isso deve tomar-se a estrada
N370 para sul, em direcção a Arraiolos, virando
depois à direita 7 km depois pela N370-1, que
conduz ao paredão. Neste local o vale torna-se
bastante encaixado e os afloramentos rochosos
são imponentes. A
andorinha-dáurica e a
andorinha-das-rochas voam frequentemente
junto ao paredão, enquanto que nas zonas
florestais envolventes é possível ver e ouvir o
tentilhão-comum, a
escrevedeira-de-garganta-preta e a felosa-ibérica.
Melhor época: todo o ano

Distrito: Portalegre
Concelho: Avis
Onde fica: No Alto Alentejo, estendendo-se para norte, leste e sudoeste da vila de
Avis, que pode ser usada como base para exploração.


Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
A ponte da EN 244 vendo-se o plano de água da albufeira e, ao fundo, a vila de Avis
A curiosa ponte do Ervedal,
com os seus ninhos de cegonha-branca
Junto à Ponte de Pedrógão, a paisagem é dominada por azinhal disperso
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