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Portas de Ródão
Alguns quilómetros depois de entrar em
Portugal, o Rio Tejo depara-se com um
importante acidente geológico: as Portas de
Ródão. Neste local, o rio forma um
estreitamento, dando lugar a uma
impressionante garganta, a mais
importante que o rio atravessa em
território português. O principal interesse
ornitológico deste local reside na sua
colónia de abutres.
O característico perfil das Portas de Ródão, visto ao amanhecer a partir da ponte da estrada nacional 18
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Visita:
O ponto ideal para começar a visita é junto à ponte sobre o Rio Tejo, a partir de
onde se obtém uma boa perspectiva sobre as Portas de Ródão, impressionante
acidente geológico cortado pelo rio. Esta formação quartzítica alberga actualmente
uma importante colónia de grifo, com várias dezenas de casais e estas aves podem
ser vistas a voar, a partir do meio da manhã, ou pousadas nas fragas. No Inverno,
as águas do Tejo são frequentadas pelo corvo-marinho-de-faces-brancas, que por
vezes também pousa na porta. A base dos rochedos, junto à via férrea, é também
frequentada pela ferreirinha-alpina.

O castelo do Rei Wamba, situado no topo da porta
norte, é uma pequena atalaia que foi recentemente
objecto de obras de recuperação. Este local constitui
um excelente ponto de observação de aves e da
paisagem. Para chegar ao castelo, há que cruzar a
pequena passagem de nível que fica do lado norte da
ponte e subir a estrada sinuosa durante 3 km,
tomando depois uma pequena estrada à esquerda.
Junto ao castelo, que foi recentemente objecto de
uma intervenção, obtém-se um panorama amplo
sobre o vale do Tejo e sobre os grifos em voo e pode
ouvir-se o chamamento frequente do pica-pau-verde.
Os arbustos circundantes sao frequentados pela
toutinegra-de-cabeça-preta, enquanto que os pinhais
ao longo da estrada que conduz ao castelo albergam
chapim-de-poupa e chapim-carvoeiro.
Voltando à ponte do Rio Tejo e seguindo pela estrada
para nordeste, rapidamente se chega a Vila Velha de
Ródão, vila e sede de concelho. No centro urbano é
possível observar rola-turca e alvéola-branca,
enquanto que os terrenos circundantes são
frequentados por pequenos bandos de
pegas-rabudas.
Melhor época: todo o ano
Distritos: Castelo Branco (porta norte) e Portalegre (porta sul)
Concelhos: Vila Velha de Ródão (porta norte) e Nisa (porta sul)
Onde fica: junto ao Rio Tejo, a meio caminho entre Portalegre e Castelo Branco. A
partir de Lisboa o acesso é feito pela A23 passando por Abrantes e saindo no nó
de Vila Velha de Ródão. A vila fica a poucos quilómetros do nó de acesso. Para
quem venha do Alentejo o acesso é feito por Nisa, seguindo para norte pela N18.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
Aves aquáticas:
corvo-marinho-de-faces-brancas
Grandes aves terrestres:
cegonha-preta, grifo, águia-de-bonelli, pica-pau-verde
Passeriformes:
alvéola-branca, ferreirinha-alpina, melro-azul,
toutinegra-de-cabeça-preta, chapim-de-poupa, chapim-carvoeiro,
pega-rabuda, cia
Raridades:
grifo de Rüppell, andorinhão-cafre
Guia Prático de Observação de Aves no Distrito de Castelo Branco
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