Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Um dos cenários mais reconhecíveis da nossa avifauna engloba a presença dos estorninhos-pretos em antenas de televisão. Esta é uma alusão à sua abundância em zonas humanizadas, onde pode ser facilmente detectado.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Sturnidae
Género: Sturnus
Espécie: Sturnus unicolor Temminck, 1820
A espécie é monotípica.

Identificação

Embora se trate de uma espécie facilmente reconhecível, o estorninho pode ser confundido com o melro-preto. Apresenta, tal como este último, o bico amarelado e o corpo escuro, embora a cauda seja mais curta e a postura mais erecta.Distingue-se do melro pelas patas rosadas e pelos tons brilhantes no corpo, que é simultaneamente mais compacto. No Inverno, apresenta pintas claras ao longo do corpo, que o tornam similar ao estorninho-malhado, mas distingue-se deste pela ausência de orlas castanhas nas primárias. Ainda assim, o aspecto geral desta ave face à sua congénere é sempre mais escuro. Os juvenis são castanhos.

Sons

Para ouvir a vocalização do estorninho-preto, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Relativamente bem distribuído ao longo do território, pode ser localmente abundante junto a algumas localidades. Trata-se de uma espécie endémica da Península Ibérica e do sul de França, residente, e por isso observável durante todo o ano. A partir do final do Verão podem ser observados bandos que reúnem dezenas ou mesmo centenas de indivíduos.

Mapas

Onde Observar

Fácil de observar sobretudo devido à proximidade com que se associa a ambiente urbanos. Também é comum em zonas de montados e planícies agricultadas, sobretudo as de sequeiro.

 

Entre Douro e Minho – facilmente observável em locais como os estuários do Minho e do Cávado e na veiga da Areosa, onde é uma espécie comum. Também ocorre na serra da Peneda e nas serras de Fafe.

 

Trás-os-Montes – comum nesta região, sobretudo em localidades de pequena e média dimensão, sendo mais provável a detecção em locais como em Miranda do Douro, nas serras da Coroa, de Montesinho, do Gerês e do Alvão, em Barca d’Alva e no baixo Sabor.

 

Litoral centro – o baixo Mondego e a ria de Aveiro são dos melhores locais para a observação da espécie, assim como o cabo Carvoeiro e a lagoa de Óbidos. Ocorre ainda na serra de Aire e em São Martinho do Porto. Tal como nas restantes regiões, é comum junto às localidades.

 

Beira interior – frequenta sobretudo os centros urbanos e as localidades de pequena e média dimensão, podendo também ser visto no Tejo Internacional, em Segura, na albufeira da Marateca, na albufeira de Vilar, em Celorico da Beira, no planalto de Riba Côa e nas  aldeias da serra da Gardunha e da zona do Sabugal.

 

Lisboa e vale do Tejo – comum na cidade de Lisboa, pode ser também observado no Parque do Tejo e no vizinho estuário (tanto nas lezírias da Ponta da Erva como nas salinas de Alverca e na zona de Pancas). Ocorre também na costa do Estoril e na serra de Sintra, sendo bastante comum junto às localidades da zona Oeste. No cabo Espichel é particularmente abundante durante o Inverno. Também pode ser visto na várzea de Loures, no paul da Barroca e no paul do Boquilobo.

 

Alentejo – fácil de detectar em localidades como Évora e Elvas, assim como nas zonas de Alter do Chão e Castelo de Vide, na barragem da Póvoa, na zona de Marvão e no estuário do Sado. Já na metade sul desta região, é comum na zona de Mértola, da Mina de São Domingos e de Castro Verde, assim como junto ao cabo Sardão. Ocorre ainda nas zonas de Moura e Mourão, onde é especialmente abundante.

 

Algarve – a sua presença faz-se sentir especialmente junto à faixa litoral, nomeadamente no cabo de São Vicente, na Ponta da Piedade e no Ludo. Ocorre igualmente na reserva de Castro Marim, no estuário do Arade, na ria de Alvor, nas salinas de Odiáxere, no paul de Lagos, no parque ambiental de Vilamoura e ainda junto às localidades desta região. Também se observa no planalto do Rogil, na Carrapateira e no Leixão da Gaivota

 

Saber Mais

Em Portugal ocorrem regularmente duas espécies de estorninhos, havendo uma terceira que é acidental. A identificação destas aves pode ser complicada, devido às semelhanças que apresentam entre si. Sugerimos que veja este pequeno tutorial, onde explicamos as diferenças e os melhores critérios para fazer uma boa identificação.

 

 

 

Ligações externas