Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

É o mais comum dos nossos tordos, que pode chegar a ser localmente abundante em olivais. Geralmente é visto em fuga.

Estatuto de ameaça em Portugal:
Quase ameaçado (pop. residente) Pouco preocupante (invernada)

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Turdidae
Género: Turdus
Espécie: Turdus philomelos CL Brehm, 1831
Subespécies: 4

Em Portugal ocorrem as subespécies nominal e T. p. clarkei.

Identificação

Um pouco mais pequeno que o melro-preto, caracteriza-se pela plumagem globalmente castanha. As partes inferiores são brancas, sarapintadas de castanho.Distingue-se da tordoveia pelo seu menor tamanho e pela contra-asa amarela e não branca.

Sons

Para ouvir a vocalização do tordo-músico, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Como reprodutor, o tordo-comum tem uma distribuição limitada ao norte e centro do país. Tem vindo a expandir-se para sul em anos recentes. A partir de Outubro, com a chegada de um grande número de invernantes, a espécie pode ser vista por todo o território. É uma das espécies mais abatidas pelos caçadores.

Mapas

Onde Observar

Na época de cria vê-se unicamente no norte do país, mas na época de invernada é bastante comum no sul do país, especialmente em zonas de olival.

 

Entre Douro e Minho – como nidificante ocorre nas serras da Peneda e do Gerês e também no estuário do Minho; como invernante tem uma distribuição mais alargada, podendo observar-se por exemplo em Guimarães.

 

Trás-os-Montes – o parque termal de Pedras Salgadas é um dos melhores locais para observar esta espécie durante a época de nidificação.

 

Litoral centro – nidifica em diversos locais da região, como por exemplo na serra de Aire e nas Caldas da Rainha.

 

Beira interior – observa-se no Tejo Internacional e na serra da Estrela fora da época de criação.

 

Lisboa e vale do Tejo – é comum no Outono e no Inverno na serra da Arrábida; também se observa em Cheleiros, em Lisboa, no Parque do Tejo e nas lezírias da Ponta da Erva.

 

Alentejo – muito comum como invernante, pode ser visto nos olivais da zona de Moura e também em Castelo de Vide.

 

Algarve – observa-se regularmente na ria de Alvor, nas salinas de Odiáxere, no cabo de São Vicente e no barrocal algarvio, entre outros locais.

 

Saber Mais

Até ao final da década de 1980 a nidificação do tordo-músico era desconhecida em Portugal. As suspeitas de que tal acontecesse eram antigas mas a confirmação só chegou no início da década de 1990, quando foi encontrado um casal a nidificar no Parque Nacional da Peneda-Gerês. No nosso webinário “Como o tordo-músico colonizou Portugal” contamos a história toda – é só clicar na seta vermelha e poderá ouvir a gravação:

 

 

 

Também lhe poderá interessar esta Conversa sobre Aves acerca do tordo-músico. Falamos primeiro sobre a população nidificante do nosso país e da expansão que se tem registado em anos recentes, referindo também a situação na vizinha Espanha e abordamos os factores que poderão estar por trás desta expansão. Referimos também a área de distribuição, os movimentos migratórios e a origem das aves invernantes. Na parte final debruçamo-nos sobre a taxonomia e o significado do nome científico.

 

 

 

Os tordos podem ser difíceis de identificar, uma vez que as várias espécies são relativamente parecidas. Neste pequeno tutorial passamos em revista os principais critérios de identificação de cada espécie.

 

 

 

Documentação

Ficha do tordo-músico no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ligações externas