Esta espécie pertence à Ordem Bucerotiformes.

A sua poupa tão característica faz desta ave uma das espécies mais emblemáticas da nossa fauna.

 

Taxonomia

Ordem: Bucerotiformes
Família: Upupidae
Género: Upupa
Espécie: Upupa epops Linnaeus, 1758
Subespécies: 6

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Inconfundível, com o seu característico padrão preto e branco nas asas, e a cabeça e pescoço ocres. No entanto, a particularidade morfológica mais óbvia desta ave é a sua crista (poupa) pronunciada, orlada por pontas pretas, que, quando levantada,se assemelha a um leque. Emite uma vocalização extremamente fácil de ser identificada, um pouco semelhante ao cuco.

Sons

Para ouvir a vocalização da poupa, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Esta é uma espécie abundante e com área de distribuição ampla, podendo ser encontrada sobretudo em habitats florestais pouco densos, nomeadamente montados de sobro e azinho, carvalhais, e em pinhais, assim como nas imediações de campos agrícolas. Na metade sul do território, pode ser encontrada durante todo o ano, sendo no entanto menos abundante no Inverno. Na metade norte, ocorre principalmente entre Março e Setembro, podendo ser vista ocasionalmente no Inverno, em zonas de clima mais ameno.

Mapas

Onde Observar

A poupa é uma espécie comum que pode ser observada de norte a sul do país. Os melhores locais para a procurar são zonas com habitat florestal ou misto de florestal e agrícola.

 

Entre Douro e Minho – pouco abundante nesta região, pode ser vista junto aos estuários do Minho e do Cávado, sobretudo nas manchas florestais associadas a estes locais. Também pode ser observada na zona de Guimarães e no Corno de Bico.

 

Trás-os-Montes – no nordeste do país, as poupas são fáceis de encontrar nas serras do Alvão, de Montesinho e da Coroa e na região de Miranda do Douro.

 

Litoral centro – é facilmente observada no pinhal de Mira, no baixo Mondego, na zona de Estarreja-Salreu, na serra de Aire, no paul de Tornada e junto à lagoa de Óbidos.

 

Beira interior – pode ser vista com facilidade nos planaltos de Ribacoa e Vilar Formoso, na região de Celorico da Beira, no Tejo Internacional e junto à albufeira da Marateca.

 

Lisboa e Vale do Tejo – espécie pouco comum nesta região, podendo ser vista nos montados do estuário do Tejo, nomeadamente em Pancas, e nos montados da zona de Coruche.

 

Alentejo – no Alentejo esta ave é comum em quase todo o lado, desde as zonas de Castelo de Vide e Nisa e da Barragem da Póvoa, no norte, passando pelas zonas de Cabeção e Arraiolos, no centro, até às planícies de Castro Verde e a zona de Mértola, no sul. No litoral, ocorre no estuário do Sado e na lagoa de Santo André, assim como junto ao cabo Sardão.

 

Algarve – a poupa é fácil de encontrar na serra do Caldeirão e junto ao litoral, como no paul de Lagos, na ria de Alvor, na lagoa dos Salgados, na lagoa do Garrão e na Quinta do Lago. No cabo de São Vicente é regular durante as passagens migratórias.

 

Documentação

Ficha da poupa no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Saber Mais

A poupa é uma ave conhecida desde a antiguidade e que tem sido representada sob diversas formas ao longo dos tempos. Desde os hieroglifos do antigo Egipto até às referências nos livros sagrados, bem como a sua inclusão em pinturas e à presença na cultura popular, a poupa é uma ave com muitas histórias para contar. Neste webinário partilhamos diversas curiosidades acerca da poupa, incluindo a origem da sua fama de malcheirosa!

 

 

 

Sugerimos igualmente a “conversa sobre aves” acerca da poupa, cuja gravação aqui partilhamos. Falamos da origem do seu nome, da distribuição e do padrão migratório das várias populações. Abordamos alguns detalhes sobre a biologia da reprodução, sem esquecer a característica que dá a esta espécie a fama de ser malcheirosa, e, no final, alguns aspectos sobre a forma de alimentação.

 

Ligações externas