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Gaivota-de-audouin
Ichthyaetus audouinii
Identificação
Trata-se de uma gaivota mais pequena que as congéneres gaivota-argêntea e
gaivota-d’asa-escura, embora maior que um guincho. Em plumagem adulta,
apresenta um padrão cinzento-prateado algo esbatido no dorso e parte superior
das asas, o que faz com que a tonalidade geral da ave seja pálida. As patas são
verde-escuras ou cinzento-esverdeado, e o bico vermelho com uma risca preta
junto à ponta do mesmo. O olho escuro confere-lhe um ar «simpático». Os juvenis
apresentam a típica plumagem sarapintada de castanho das gaivotas, distinguindo-
se das restantes pela mancha branca em forma de U do uropígio.

Abundância e calendário
A gaivota de Audouin era, até há poucos anos, uma espécie bastante rara no nosso
território. O aumento da população mundial fez com que fosse mais regularmente
observada, sendo hoje uma espécie frequente, mas pouco comum, no Sotavento
algarvio. Frequenta sobretudo complexos salineiros e bancos de areia em zonas
pouco perturbadas como as rias algarvias. Alimenta-se no mar, especialmente de
noite. Ocorre mais raramente no resto do Algarve, e, fora desta região, é uma
espécie bastante rara. Ocorre sobretudo entre a Primavera e o Outono, nidificando
por vezes em alguns locais do Sotavento, pelo que o melhor período de observação
vai de Maio a Outubro. No entanto, têm-se observado alguns exemplares durante o
Inverno, o que poderá siginificar que algumas aves permanecem junto à costa sul
entre Novembro e Março.
Como a maioria das gaivotas, ostenta um bico vermelho garrido contrastante com a
restante plumagem. Esta é uma das espécies mais ameaçadas do seu género.
Onde observar

Pode ser vista com regularidade no sotavento algarvio, sendo
comparativamente escassa no resto do país.

Litoral centro - surge esporadicamente ao longo da costa, tendo já sido
observada na zona de Ovar, na barrinha de Esmoriz e no cabo Carvoeiro.

Beira interior - muito rara nesta região, existe uma observação na
albufeira da Marateca.

Lisboa e vale do Tejo - conhecem-se algumas observações na costa do
Estoril, na costa de Caparica e no cabo Raso (a maioria das quais durante
o Verão), e registos isolados noutros pontos da região, como Lisboa,
paul da Barroca, salinas de Vasa-Sacos (estuário do Tejo) e lagoa de
Albufeira.

Alentejo - já foi observada em diversos locais da costa alentejana,
nomeadamente no estuario do Mira, na lagoa de Santo André e no
estuário do Sado; no interior e consideravelmente mais rara, tendo ja
sido observada na albufeira do Alqueva.

Algarve é frequente na reserva de Castro Marim, nas Salinas de Santa
Luzia e de Tavira, e na ria Formosa, especialmente junto ao cabo de Santa
Maria e ainda na zona de Cacela Velha; alguns indivíduos ocorrem também
nos Salgados do Fialho, na lagoa dos Salgados e na ria de Alvor.
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Estatuto de conservação em Portugal:

Vulnerável