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Gaivota-de-bico-riscado
Larus delawarensis
Quando em plumagem nupcial, os adultos exibem um bico amarelo traçado de
preto, e um verde nas patas, que permitem distingui-los facilmente das restantes
gaivotas. Os imaturos são menos fáceis de identificar. Esta gaivota é a espécie de
origem americana com maiores probabilidades de ser observada no nosso território.
Identificação
Tal como acontece com outras gaivotas, esta espécie representa um desafio em
termos de identificação. Como é habitual neste grupo taxonómico, estas aves são
mais facilmente distinguíveis das restantes espécies quando em plumagem de
adulto. Em concreto, esta gaivota ostenta um bico amarelo riscado
transversalmente a preto, patas amarelas-esverdeadas, olho claro e dorso de um
cinzento muito pálido. Paralelamente, a sua dimensão situa-a entre a
gaivota-argêntea e o guincho-comum. Já os juvenis podem ser semelhantes aos da
gaivota-parda, distinguindo-se pelo bico bicolor, maior dimensão, pelo dorso mais
pálido e pelas terciárias com menor quantidade de branco.

Abundância e calendário
Talvez a característica mais interessante desta espécie não esteja relacionada com a
sua morfologia, mas sim com o facto de se tratar de uma gaivota que tem a sua
área de distribuição no continente americano, e que ocorre regularmente na Europa,
nomeadamente em Portugal. A sua ocorrência dá-se sobretudo durante o Inverno,
especialmente entre Novembro e Fevereiro. Encontra-se com mais frequência em
praias, que constituem refúgio das intempéries, bem como em portos de pesca e
nas fozes de ribeiras junto ao mar.
Onde observar

De acordo com as observações que vêem sendo publicadas, esta espécie ocorre
sobretudo em praias e zonas portuárias, sendo avistada, habitualmente,
integrada em grupos com outras espécies de gaivotas.

Entre Douro e Minho o melhor local para a procura desta espécie
situa-se no Cabedelo (estuario do Douro). Existem também registos para
o Parque da Cidade e o estuário do Cávado.

Litoral centro nesta região encontram-se alguns dos melhores locais
para a observação desta gaivota. Exemplo disso é o porto de Peniche, a
baía de São Martinho do Porto e a lagoa de Óbidos. Para além destes
locais, tem sido registada com regularidade em São Jacinto e na Barrinha
de Mira.

Lisboa e vale do Tejoa costa do Estoril é o local onde têm sido
publicados mais registos desta gaivota americana. Também no cabo Raso
tem sido observada com alguma frequência, assim como no sapal de
Corroios e na baía do Seixal. Mais escassamente tem ocorrido na lagoa de
Albufeira e no estuário do Tejo, nomeadamente em Vasa-Sacos (Pancas).

Alentejo esta espécie é observada com alguma regularidade no
estuário do Mira e na lagoa de Santo André. Mais raramente regista-se no
estuário do Sado.

Algarve esta é a região com menor número de observações, tendo já
sido registada a sua presença em locais como o porto de Sagres, a ria de
Alvor e a lagoa dos Salgados.
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