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Serra de Monchique
A serra mais alta do Algarve oferece ao visitante um
refúgio nos dias de maior calor. Graças à maior
densidade do coberto vegetal, aqui é possível observar
diversas espécies de aves que são raras ou estão
totalmente ausentes junto à costa.
As Caldas de Monchique situam-se num recanto tranquilo, envolto por vegetação densa
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A vegetação no alto da Fóia é sobretudo arbustiva; este tipo de habitat é frequentado pelo cartaxo-comum e pela cia.
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Grandes aves terrestres:
bútio-comum, pica-pau-verde, pica-pau-malhado-grande,
pica-pau-malhado-pequeno
Passeriformes:
cotovia-arbórea, andorinha-dáurica, alvéola-cinzenta, carriça,
pisco-de-peito-ruivo, cartaxo-comum, melro-de-peito-branco,
papa-amoras-comum, felosa-ibérica, estrelinha-de-cabeça-listada,
chapim-de-poupa, trepadeira-azul, trepadeira-comum, gaio, pintarroxo,
dom-fafe, bico-grossudo, escrevedeira-de-garganta-preta, cia
Melhor época: Primavera
Distrito: Faro
Concelho: Monchique
Onde fica: no interior do Algarve, cerca de 30 km a norte da cidade de Portimão. O
acesso à serra faz-se a partir de Portimão pela N124 até Porto de Lagos e depois
pela N266. Para quem venha pela auto-estrada A22, deve sair no nó de Portimão.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
Visita:
A primeira paragem pode ser feita na estância termal de Caldas de Monchique,
situada à esquerda da estrada nacional 266. Este é um local bastante tranquilo que
reúne excelentes condições para observar e até fotografar passeriformes a pequena
distância. O ideal será estacionar o carro e percorrer a pé a estrada que contorna a
zona de hotéis. Junto às linhas de água pode ser observada a alvéola-cinzenta,
enquanto que os arbustos mais densos que envolvem os arruamentos são
frequentados pelo pisco-de-peito-ruivo, espécie pouco comum no Algarve. As
árvores de maior porte são frequentadas pelo chapim-real e pelo tentilhão-comum,
que aqui se deixam observar especialmente bem.
Voltando à N266, seguindo para norte, um pouco adiante, junto ao restaurante
"Rouxinol", surge uma pequena estrada para a direita. Esta estrada, pouco
transitada, também merece uma exploração, pois aqui ocorrem diversas aves
florestais, incluindo o pica-pau-verde, a trepadeira-comum, a trepadeira-azul e o
esquivo bico-grossudo.
Uma vez concluída a exploração desta zona, é altura de retomar a subida pela
estrada principal. Passando a vila de Monchique, toma-se a estrada da serra
seguindo as indicações para a Fóia; esta estrada sobe até ao cume, no alto da
Fóia. Este local, com os seus 902 metros é o ponto mais alto do Algarve e é
dominado pelas enormes antenas de comunicações que aqui foram colocadas. A
paisagem é aberta, o terreno é pedrogoso e a vegetação resume-se a pequenos
arbustos. A melhor forma de explorar esta zona consiste em fazer pequenos
percursos pedestres. A diversidade de aves neste local é bastante reduzida, mas
algumas espécies são relativamente frequentes e fáceis de observar neste local,
como por exemplo o cartaxo-comum, o pintarroxo e a cia. Por vezes ouve-se aqui
o canto da cotovia-arbórea. É de salientar também a ocorrência do papa-amoras –
esta espécie insectívora, que nidifica sobretudo para norte do Tejo, tem aqui um
núcleo isolado de reprodução e pode ser vista e ouvida a cantar, especialmente
durante os meses de Abril e Maio. Também a andorinha-dáurica tem sido vista
rondando os edifícios junto às antenas e poderá nidificar. Por vezes aparecem aqui
migradores pouco frequentes, como o melro-das-rochas ou o melro-de-peito-
branco, especialmente durante as épocas de passagem migratória.
A serra de Monchique é uma ZPE (Zona de Protecção Especial para a Avifauna).
Para saber mais clique aqui.
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Um pouco a norte da Fóia situa-se o Parque Aventura da Fóia - trata-se de uma
zona de lazer onde têm lugar actividades do tipo 'radical', no entanto durante os
meses mais frios não costuma haver actividades, pelo que o local é pouco
perturbado. Aqui existe uma pequena plantação de pinheiros exóticos (Pinus
radiata), assim como zonas de matos e ervas. Este é um dos melhores locais para
observar o raro melro-de-peito-branco, especialmente durante o período da
migração pré-nupcial (Fevereiro e Março). Outras espécies que ocorrem
habitualmente neste local incluem o pica-pau-verde, a carriça, a trepadeira-comum,
o lugre e, ocasionalmente, o dom-fafe.