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Serra de Montejunto
Com os seus 666 metros de altitude máxima, a serra de
Montejunto constitui a maior elevação do distrito de
Lisboa. Do seu topo alcança-se vasto panorama, desde as
Berlengas até à serra da Arrábida e para norte até à serra
da Lousã. A diversidade avifaunística e a beleza da
paisagem justificam bem uma visita a este local.
Visita:
Existem três acessos à serra: por Ota (Alenquer), pelo Cadaval e por Torres
Vedras. Para uma visita matinal recomenda-se o primeiro, uma vez que o sol estará
pelas costas durante a subida.
Logo após Abrigada, surgem alguns campos agrícolas, que são frequentados pelo
trigueirão, pela escrevedeira-de-garganta-preta, pela fuinha-dos-juncos, pela
cotovia-de-poupa, pelo cartaxo-comum e pelo pintarroxo. Na Primavera
observam-se aqui o abelharuco (esta espécie é pouco frequente na Estremadura) e
a andorinha-das-barreiras. No Inverno, podem ver-se pequenos bandos de lavercas
e abibes. Uma boa forma de explorar esta zona consiste em tomar o estradão não
asfaltado com a indicaçao "Pedreira".
Voltando à estrada asfaltada, esta prossegue em direcção à serra e sobe depois por
entre vales encaixados, dominados por afloramentos calcários e pequenos
bosquetes de pinheiros e eucaliptos. Se forem feitas paragens ao longo da estrada,
será possível ver e ouvir alguns passeriformes, nomeadamente o
pisco-de-peito-ruivo, a felosa-ibérica, a estrelinha-real e o gaio. No Inverno
vêem-se pequenos bandos de fringilídeos. Com sorte, poderá ver-se algum casal de
corvos ou um gavião.
O melhor local para um passeio a pé situa-se, contudo, junto à aldeia de
Montejunto, onde existem diversos caminhos sinalizados que permitem apreciar a
tranquilidade da serra longe do ruído provocado pelos automóveis. Nesta zona há
plantações de pinheiros e castanheiros, onde é possível encontrar espécies como a
carriça, a tordoveia, o gaio, o chapim-carvoeiro, o chapim-azul e a
trepadeira-comum. As zonas envolventes têm apenas mato pouco denso e aí
podem ver-se a toutinegra-do-mato e algumas perdizes.
No alto da serra existe uma instalação militar e um emaranhado de antenas
radiofónicas. A subida ao topo justifica-se mais pelo panorama que pelas aves. O
cartaxo é geralmente a espécie mais frequente neste local.
Melhor época: durante a Primavera, quando a maioria dos passeriformes se
encontra vocalmente activa
Distrito: Lisboa
Concelhos: Alenquer e Cadaval
Onde fica: cerca de 45 km a norte de Lisboa. Pode seguir-se pela A1 até ao nó do
Carregado (km 32), tomando depois a N1 (IC2) passando por Alenquer e Ota e
virando à esquerda 3 km depois de Ota pela N1-4, na direcção de Abrigada.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
A serra de Montejunto vista do lado nascente. Em primeiro plano os terrenos agricolas perto de Abrigada.
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Grandes aves terrestres:
perdiz, gavião, bútio-comum, abibe, pombo-torcaz, abelharuco, pica-pau-verde
Passeriformes:
cotovia-de-poupa, laverca, andorinha-das-barreiras, petinha-dos-prados,
alvéola-branca, carriça, pisco-de-peito-ruivo, rabirruivo-preto, cartaxo-comum,
tordoveia, fuinha-dos-juncos, toutinegra-do-mato,
toutinegra-de-cabeça-preta, toutinegra-de-barrete-preto, felosa-ibérica,
estrelinha-de-cabeça-listada, chapim-carvoeiro, trepadeira-comum, gaio,
gralha-preta, corvo, estorninho-preto, pintarroxo,
escrevedeira-de-garganta-preta, trigueirão