Construída sobre o leito da ribeira de Odivelas, e situada perto da aldeia com o mesmo nome, a barragem de Odivelas é uma das seis maiores barragens do Baixo Alentejo. Embora sem a riqueza ornitológica da vizinha lagoa dos Patos, oferece ainda assim boas oportunidades de observação de aves e merece bem uma visita.
Aves aquáticas:
pato-real, pato-trombeteiro, mergulhão-de-crista, garça-branca-pequena, garça-real, galinha-d’água, galeirão, perdiz-do-mar, borrelho-pequeno-de-coleira, maçarico-das-rochas, guincho-comum
Grandes aves terrestres:
codorniz, cegonha-branca, águia-calçada, abelharuco, poupa
Passeriformes:
carriça, rouxinol-comum, fuinha-dos-juncos, toutinegra-de-barrete, chapim-rabilongo, picanço-barreteiro, pega-azul, bico-grossudo, trigueirão
Visita:
A visita inicia-se no cruzamento da N257. A partir daqui, uma alameda de pinheiros mansos leva-nos ao paredão da barragem. Esta alameda tem pouco trânsito e vale a pena percorrê-la devagar, fazendo paragens frequentes e observando as margens da albufeira, que se abre do lado esquerdo. Aqui observam-se facilmente o pato-real e o galeirão-comum. No Inverno, vê-se ao longe o pato-trombeteiro. As árvores ao longo da estrada são frequentadas pelo tentilhão-comum e, com sorte, poderá ver-se o bico-grossudo, que é relativamente regular neste local.
Quando se chega ao paredão da barragem, é possível observar a albufeira em toda a sua extensão. No meio do plano de água há geralmente alguns mergulhões-de-crista e, ao longe, é frequente observar-se a garça-branca-pequena e a garça-real. O paredão propriamente dito serve de suporte a uma grande colónia de andorinhas-dos-beirais.
Do outro lado do paredão existe um pequeno bosquete, que pode ser contornado de carro, até chegar à margem sul da albufeira. Aqui a margem é pouco declivosa e podem observar-se algumas limícolas, como a perdiz-do-mar, o borrelho-pequeno-de-coleira e o maçarico-das-rochas.
Voltando à N2 e prosseguindo para sul, chegamos à ponte sobre a ribeira de Odivelas. Neste local, onde a vegetação ribeirinha se encontra bem desenvolvida, pode observar-se a galinha-d’água e ouvir o canto de alguns passeriformes típicos de habitats ripícolas, dos quais se destacam o rouxinol-comum, a carriça e a toutinegra-de-barrete.
Melhor época: todo o ano
Distrito: Beja
Concelho: Ferreira do Alentejo
Onde fica: no Baixo Alentejo, cerca de 15 km a norte de Ferreira do Alentejo. Para quem proceda de Lisboa ou do Algarve, deve seguir pelo IC1 até Santa Margarida do Sado e depois pelo IP8 até Ferreira do Alentejo, seguindo depois para norte, pela N2 até Odivelas. Alguns km mais à frente, vira-se à direita pela N257. Em alternativa, pode sair-se em Alcácer, seguindo pela N5 até Torrão e depois para sul pela N2. Ao fim de cerca de 15 km, vira-se à esquerda pela N257. Prosseguindo por esta estrada durante cerca de 3 km, surge finalmente uma estrada para a direita com a indicação “Barragem de Odivelas”. Começa aqui a visita.