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Serra de Espinhaço de Cão
Situada a oeste de Monchique, esta pequena serra, que
não ultrapassa os 297 metros de altitude, caracteriza-se
por uma sucessão de montes e vales. O coberto vegetal
compreende boas manchas de sobreiros e
medronheiros. Para o observador de aves, esta área é
especialmente interessante pela diversidade de aves
florestais.
Visita:
Existem muitas opções para explorar a serra de Espinhaço de Cão. Seguidamente
descrevem-se dois dos percursos mais acessíveis.
Partindo de Lagos pela N120, após passar Bensafrim e prosseguindo na direcção de
Aljezur, surge ao fim de alguns km (ao km 160) um desvio para a direita com a
indicação Pincho. Tem aqui início o primeiro percurso. Dadas as características do
habitat, sugere-se que a visita seja feita a pé ao longo da estrada secundária
(existe espaço para estacionar junto ao cruzamento).
A paisagem envolvente é dominada por sobreiros, que são frequentados pela
trepadeira-azul, pela trepadeira-comum e pelo pica-pau-malhado-grande. Na
Primavera este é um dos raros locais de ocorrência do rabirruivo-de-testa-branca
no barlavento algarvio. Logo após o cruzamento surge a ponte sobre uma pequena
ribeira; aqui vale a pena parar e escutar. A felosa-ibérica ocorre na Primavera, ao
passo que o dom-fafe pode ser visto no Inverno e o chapim-rabilongo está
presente ao longo de todo o ano. Prosseguindo ao longo da estrada é possível
encontrar outras espécies de passeriformes, dos quais se destacam a
escrevedeira-de-garganta-preta e a cia.
Voltando à N120 e continuando durante mais 6 km, logo após o km 154 surge à
direita uma estrada (não sinalizada). Esta estrada conduz a um lugar denominado
Peso de Cima e também merece uma visita a pé. Atravessa inicialmente uma
plantação de pinheiros-mansos, após o que a paisagem se torna um pouco mais
aberta, com sobreiros e matagais. Nesta área ocorrem as três espécies de picídeos
(pica-pau-verde, pica-pau-malhado-grande e pica-pau-malhado-pequeno), sendo
habitual vê-los pousados nas árvores secas ou nos postes telefónicas ou ouvir os
seus chamamentos ou o martelar. Também o rabirruivo-de-testa-branca já aqui foi
detectado na Primavera (junto ao Peso de Baixo), assim como a
toutinegra-carrasqueira. Nas zonas de sobreiros dispersos é geralmente possível
ver e ouvir a cotovia-arbórea. Outras espécies de passeriformes que aqui podem
ser encontradas incluem o rouxinol-comum, a felosa-poliglota, o chapim-de-poupa
e a escrevedeira-de-garganta-preta, assim como diversas outras espécies mais
comuns. À noite este é um bom local para tentar ouvir a coruja-do-mato.
A paisagem ondulada da serra de Espinhaço de Cão, vista a partir da N120. Ao fundo, a serra de Monchique.
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Grandes aves terrestres:
perdiz, bútio-comum, coruja-do-mato, pica-pau-verde,
pica-pau-malhado-grande, pica-pau-malhado-pequeno
Passeriformes:
cotovia-arbórea, andorinha-dáurica, alvéola-cinzenta, carriça,
pisco-de-peito-ruivo, rouxinol-comum, rabirruivo-de-testa-branca,
cartaxo-comum, felosa-poliglota, toutinegra-carrasqueira,
toutinegra-de-cabeça-preta, felosa-ibérica, estrelinha-de-cabeça-listada,
chapim-rabilongo, chapim-de-poupa, trepadeira-comum, trepadeira-azul, gaio,
lugre, pintarroxo, dom-fafe, escrevedeira-de-garganta-preta, cia
Melhor época: Inverno e Primavera
Distrito: Faro
Concelhos: Aljezur, Lagos e Monchique
Onde fica: na parte ocidental do Algarve, a meio caminho entre Lagos e Aljezur. A
estrada nacional 120, que liga estas duas localidades, constitui o melhor acesso à
serra, no entanto por ser uma via bastante transitada recomenda-se que a
exploração da área seja feita em estradas secundárias. O acesso ao Pincho é feito
no km 160, para o Peso de Cima deve virar-se no km 154.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos: