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Serra do Gerês
Repartida entre o Minho e Trás-os-Montes, a serra do
Gerês integra o único parque nacional existente em
Portugal. Com os seus mais de 1500 metros de
altitude máxima, esta serra alberga uma avifauna
interessante e variada, incluindo diversas espécies que
não ocorrem no resto do país, o que, em conjunto
com as magníficas paisagens, fazem com que este
local seja de visita obrigatória para qualquer
observador de aves.

Aves aquáticas:
mergulhão-de-crista, pato-real
Grandes aves terrestres:
águia-cobreira, tartaranhão-caçador, rola-brava, andorinhão-preto
Passeriformes:
laverca, andorinha-das-barreiras, andorinha-das-rochas, petinha-das-árvores,
petinha-dos-campos, alvéola-cinzenta, alvéola-amarela, carriça,
ferreirinha-comum, pisco-de-peito-ruivo, rabirruivo-preto, cartaxo-comum,
melro-das-rochas, tordo-comum, tordoveia, papa-amoras,
toutinegra-de-barrete-preto, felosa-de-bonelli, felosa-ibérica, estrelinha-real,
chapim-rabilongo, chapim-de-poupa, chapim-carvoeiro, trepadeira-azul,
trepadeira-comum, picanço-de-dorso-ruivo, gaio, gralha-preta, pintarroxo,
escrevedeira-amarela, sombria, cia, trigueirão
Melhor época: Maio a Julho
Distritos: Braga e Vila Real
Concelhos: Terras do Bouro e Montalegre
Onde fica: no noroeste do país, cerca de 50 km para nordeste de Braga.
- Acesso ao sector ocidental: é feito através da N308-1 por Vilar da Veiga,
passando pela vila do Gerês e seguindo para norte em direcção à Portela do
Homem. Nota: nos meses de Junho a Setembro, o atravessamento da
Mata de Albergaria em automóvel (entre Portela do Leonte e Portela
do Homem) durante o horário diurno implica o pagamento de uma
taxa de acesso de 1,50 €. O acesso pedonal é gratuito, assim como o
atravessamento de automóvel fora do horário de cobrança (este
estende-se geralmente das 11 às 18 horas, mas pode ser alargado aos
fins-de-semana).
- Acesso ao sector oriental: deve seguir-se pela N103, que liga Braga a Chaves,
saindo em Covelães pela estrada de Tourém.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
O planalto da Mourela é o melhor local em Portugal para observar o picanço-de-dorso-ruivo
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Perto de Pitões das Júnias, as zonas de mosaico agrícola são frequentadas pela escrevedeira-amarela
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Para saber mais sobre
as aves da serra do
Gerês, carregue aqui
Na parte oriental da serra, já na província de Trás-os-Montes, o local mais
interessante para o visitante é o Planalto da Mourela. Neste planalto, situado a
cerca de 1200 metros de altitude, é relativamente fácil encontrar diversas espécies
de aves que são raras no resto do território português. A parte mais interessante
compreende o troço entre Pitões das Júnias e Tourém, onde praticamente não
existem árvores. O fio telefónico que acompanha a estrada é frequentemente
utilizado como pouso por picanços-de-dorso-ruivo, que estão presentes na área de
meados de Maio a meados de Agosto. Outras espécies que podem ser vistas ao
longo desta estrada incluem a laverca, a petinha-das-árvores, a alvéola-amarela, a
ferreirinha-comum, o melro-das-rochas, a sombria e ainda outras espécies mais
vulgares, como o cartaxo-comum, a gralha-preta e o pintarroxo.
Ao fim de alguns quilómetros a estrada começa a descer fortemente, até chegar a
Tourém. Nesta zona é possível encontrar a rola-brava, o andorinhão-preto, o
papa-amoras e diversos outros passeriformes. Do outro lado da aldeia, a ponte
internacional atravessa a albufeira da Barragem de Salas, onde se pode observar o
mergulhão-de-crista, o pato-real e a andorinha-das-rochas.
Do lado sul do planalto da Mourela, merece também uma visita a estrada para
Pitões das Júnias. Ao longo desta estrada é possível encontrar paisagem agrícola
em mosaico, sendo este um dos melhores locais para observar a rara
escrevedeira-amarela. Outras espécies que aqui podem ser vistas incluem a
rola-brava, a cotovia-arbórea, o picanço-de-dorso-ruivo e o trigueirão.
Para norte de Pitões, um caminho de terra (que pode ser percorrido de automóvel
durante um ou dois quilómetros) conduz às fragas da Fonte Fria, visíveis à
distância. Este percurso atravessa boas manchas de carvalhal e é excelente para
observar passeriformes, com destaque para a felosa de Bonelli, que aqui é bastante
frequente. Outras espécies comuns ao longo deste percurso são: o
pisco-de-peito-ruivo, a toutinegra-de-barrete-preto, a felosa-ibérica e o
chapim-carvoeiro.
Visita:
A serra do Gerês estende-se por uma vasta área. Para a
visitar, existem duas zonas distintas: por um lado, o sector
central, situado na zona da vila do Gerês e seguindo para
norte, a partir daqui, até à Portela do Homem; por outro
lado, o sector oriental, situado já na região de
Trás-os-Montes. A visita a cada um destes sectores é
descrita separadamente.
a) Sector ocidental
Esta é a zona mais visitada do parque e é muito procurada
aos fins-de-semana e durante os meses de Verão. Para
poder observar aves de forma tranquila, recomenda-se uma
visita nos dias úteis, de preferência de manhã cedo.
O trajecto tem início em Vilar da Veiga, junto à albufeira da
Caniçada, e é efectuado para norte, ao longo da N308-1.
Passando a vila do Gerês e prosseguindo durante mais 4 km
chega-se à Portela de Leonte, onde é possível fazer uma
paragem. Aqui ocorrem diversos passeriformes, dos quais
se destacam o chapim-carvoeiro e a
estrelinha-de-cabeça-listada.

Na Mata de Albergaria podem ser observados diversos passeriformes florestais, como a felosa-ibérica e a trepadeira-azul.
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Lista completa das aves do distrito de Vila Real
Clique aqui
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A estrada prossegue através da Mata de Albergaria, que é um bosque de folhosas
em excelente estado de conservação. No entanto, quando o percurso é efectuado
de automóvel é proibido parar, pelo que é preferível efectuar a visita a pé a partir
da Portela de Leonte ou da Portela do Homem (ver abaixo). Ao longo deste
percurso ocorrem o açor e a felosa-ibérica, assim como diversas outras espécies
mais comuns.
Um pouco antes da Portela do Homem surge a ponte sobre o rio Homem. Neste
ponto tem início um trilho que sobre o vale do rio Homem até ao coração da serra,
nas Minas dos Carris. Nos primeiros quilómetros deste percursos, a avifauna é
muito semelhante à que se encontra na Mata de Albergaria, mas à medida que se
vai subindo aparecem espécies características de zonas mais elevadas, como a
ferreirinha e a cia. Nas águas turbulentas do rio Homem e possível observar a
alvéola-cinzenta.