



Visita:
O Sapal do Rio Coina desenvolve-se ao longo da N10-3, entre Barreiro e Coina.
Os locais de observação aqui descritos situam-se na parte nascente – assim, se
estiver sol as condições de observação serão mais favoráveis durante a manhã.
Adicionalmente, por se tratar de um local sujeito à influência das marés, é
conveniente verificar previamente se a maré está cheia ou vazia (os momentos mais
favoráveis para ver aves são na maré-baixa ou nas três horas seguintes – para
consultar as tabelas de marés veja hidrografico.pt).
Este tipo de habitat é especialmente interessante para ver aves fora da época de
nidificação (isto é, no Outono e no Inverno). Aqui é possível observar várias
espécies de limícolas, nomeadamente o borrelho-grande-de-coleira, a tarambola-
cinzenta, o maçarico-de-bico-direito, o perna-vermelha-comum e o perna-verde.
Também são frequentes as gaivotas, nomeadamente o guincho-comum e a gaivota-
d’asa-escura. Outras aves aquáticas que aqui podem ser observadas incluem a
garça-real, a garça-branca-pequena, o colhereiro e a águia-pesqueira. Perto de
Coina também é habitual ver-se a piadeira durante os meses frios. Um dos
melhores locais de observação de limícolas situa-se justamente no Barreiro (junto
ao centro comercial, que fica cerca de 1 km a sueste da estação ferroviária); aqui
existe um passeio pedonal junto ao rio, que permite observar as aves com calma e
em segurança. Também é possível observar a partir da N10-3, mas os pontos de
observação são relativamente escassos – um dos melhores situa-se cerca de 1,5
km a sul dos “Fuzileiros” , sendo aí possível encostar do lado direito e obter uma
boa vista sobre o sapal.
A Mata da Machada estende-se para leste da N10-3, alguns quilómetros a sul do
Barreiro. Esta zona apenas pode ser visitada a pé – é possível estacionar junto à
N10-3, em frente aos “Fuzileiros”.
Existem vários trilhos assinalados, de extensão variável, que permitem percorrer a
mata. Tal como acontece em locais densamente florestados, a observação das aves
nem sempre é fácil, uma vez que se escondem por entre a vegetação. No entanto, a
detecção das aves é facilitada se estivermos atentos aos sons que elas produzem,
pois em meio fechado as aves são muitas vezes ouvidas antes de serem vistas.
Neste local observam-se sobretudo aves florestais. Os corvídeos encontram-se bem
representados, sendo frequentes a gralha-preta, a pega-azul e o gaio. Também é
habitual ouvir-se algum pica-pau-malhado-grande. Quanto aos passeriformes de
menor dimensão, merece destaque o chapim-de-poupa, que aprecia manchas de
pinhal maduro, mas há várias outras espécies que aqui são comuns, como a carriça,
o pisco-de-peito-ruivo, a toutinegra-de-cabeça-preta, a toutinegra-de-barrete-
preto, o chapim-azul, o chapim-real e a trepadeira-comum.
Melhor época: todo o ano
Distrito: Setúbal
Concelho: Barreiro
Onde fica: na margem sul do rio Tejo, entre as localidades de Barreiro e Coina. O
melhor acesso a partir de Lisboa consiste em seguir pela A2 até ao nó do
Fogueteiro e depois pela N10 até Coina; a partir desta localidade toma-se a N10-3,
que conduz aos locais aqui descritos.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
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Mata da Machada e
Sapal do Rio Coina
O Sapal do Rio Coina estende-se ao longo de um braço
do rio Tejo que se estende para sul do estuário, entre o
Seixal e o Barreiro e é um local de fácil acesso que
permite a observação de diversas espécies de aves
aquáticas. Mesmo ao lado, a Mata da Machada é uma
área florestal, composta principalmente por
pinheiros-bravos, embora também aqui haja
pinheiros-mansos, sobreiros e eucaliptos e onde é
possível encontrar diversas espécies de aves terrestres.

Aves aquáticas:
piadeira, corvo-marinho-de-faces-brancas, garça-branca-pequena, garça-real,
colhereiro, águia-pesqueira, alfaiate, borrelho-grande-de-coleira,
tarambola-cinzenta, pilrito-das-praias, maçarico-de-bico-direito,
perna-vermelha-comum, perna-verde, guincho-comum, gaivota-d'asa-escura
Grandes aves terrestres:
pombo-torcaz, rola-brava, abelharuco, pica-pau-malhado-grande
Passeriformes:
cotovia-de-poupa, carriça, pisco-de-peito-ruivo, fuinha-dos-juncos,
toutinegra-de-cabeça-preta, toutinegra-de-barrete-preto, felosa-comum,
trepadeira-comum, chapim-rabilongo, chapim-de-poupa, pega-azul, gaio,
gralha-preta
A Mata da Machada é composta principalmente por plantações de pinheiro-bravo, onde se observa o chapim-de-poupa
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