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Tomar
Melhor época: Inverno e Primavera
Distrito: Santarém
Concelho: Tomar
Onde fica: No Ribatejo, cerca de 25 km a norte de Torres Novas. Vindo de norte
ou de sul, tem como via mais directa a A1. Ao km 94, tome a saída para a A23, siga
por essa estrada até ver a indicação de Tomar pelo IC3. 5 a 10 minutos mais tarde
verá a placa indicativa de saída para Tomar pela N110. Siga por aí e dentro de
pouco tempo chegará ao destino.
Para chegar ao Agroal, para quem se desloca do concelho de Tomar, tome a estrada
de Ourém/Leiria e corte à direita na placa que diz Agroal, poucos quilómetros acima
da povoação de Carregueiros. Daí até ao destino são aproximadamente 8 km.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
Vista do Castelo sobre a cidade de Tomar
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Aves aquáticas:
pato-real, mergulhão-pequeno, corvo-marinho-de-faces-brancas,
garça-nocturna, garça-real, galinha-d’água, borrelho-pequeno-de-coleira,
gaivota-d’asa-escura, guarda-rios
Grandes aves terrestres:
cegonha-branca, milhafre-preto, águia-cobreira, gavião, águia-calçada,
peneireiro-vulgar, ógea, falcão-peregrino, pombo-torcaz, bufo-real,
andorinhão-preto, abelharuco, pica-pau-galego
Passeriformes:
andorinha-das-barreiras, andorinha-das-rochas, alvéola-cinzenta,
alvéola-branca, carriça, rouxinol-comum, pisco-de-peito-ruivo,
rabirruivo-preto, melro-azul, rouxinol-bravo, felosa-do-mato,
toutinegra-de-barrete-preto, estrelinha-real, picanço-barreteiro, gaio,
lugre, bico-grossudo
Esta cidade templária, rica em história e
tradição, apresenta ao visitante uma
variedade interessante de aves. A
passagem do rio Nabão pelo centro da
cidade e a existência de grandes manchas
verdes (Ilha do Mouchão e Mata Nacional
dos Sete Montes) são factores
determinantes para que isso aconteça.
Ao longo das ruas de Tomar pode ouvir-se o canto arrastado do rabirruivo-preto,
no ar voa o andorinhão-preto. As andorinhas-dos-beirais nidificam em vários
pontos da cidade, sendo muito conspícuas. A andorinha-das-chaminés é visitante
ocasional, sendo mais frequente nos arredores da urbe.
Descendo a rua Corredora, chega-se à antiga Ponte Romana, sobre o rio Nabão.
Este local é frequentado pela garça-nocturna. De manhã ou ao fim da tarde poderá
observá-lo a pescar no rio. Durante o resto do dia procure-o nas árvores da
margem. O pica-pau-galego é frequente nestas mesmas árvores. Nalguns anos
secos, em que o rio corre mais baixo, os borrelhos-pequenos-de-coleira
alimentam-se nos bancos de areia que se formam. No Inverno são frequentes os
corvos-marinhos e a garça-real, que na época de reprodução se torna mais rara.
Na Ilha do Mouchão os melros-pretos e as alvéolas-brancas procuram alimento
na relva. A alvéola-cinzenta prefere alimentar-se junto à água. Nos muros ao longo
do rio nidificam as andorinhas-das-barreiras. Esteja atento, o guarda-rios usa a
vegetação ribeirinha como posto de vigia, não perca a oportunidade de o ver!
No Inverno, o lugre alimenta-se nos amieiros e plátanos existentes.
O Agroal, localizado na bacia hidrográfica do rio Nabão, possui características
únicas: a diversidade vegetal desta zona, aliada à existência de escarpas que
marginam o rio e à abundância de água durante todo o ano, faz deste local o
habitat perfeito para uma avifauna rica e variada.
Nas galerias ripícolas ouve-se o canto do rouxinol-comum e da
toutinegra-de-barrete-preto. No matagal mediterrânico observam-se a
felosa-do-mato e o picanço-barreteiro.
Nas escarpas calcárias abrigam-se o melro-azul e algumas rapinas típicas deste
habitat, como o falcão-peregrino e o bufo-real. No Verão pode observar-se a ógea
a caçar libélulas.
Agroal, matagal mediterrânico
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Visita:
Deixe o carro à entrada da cidade (existe um grande parque de estacionamento
perto do terminal rodoviário) e passeie a pé. Aproveite para visitar a Mata
Nacional dos Sete Montes, a entrada é junto ao Posto de Turismo. O percurso ao
longo deste belo jardim na Primavera permite-lhe ouvir e ver várias espécies de
passeriformes comuns: a carriça, o pisco-de-peito-ruivo, o tentilhão e o chamariz.
Outras serão mais difíceis de observar, o bico-grossudo é uma delas, pois é muito
discreto e tem o hábito de frequentar as copas das árvores. De entre as aves de
rapina, uma das mais fáceis de observar é a águia-calçada, que sobrevoa toda a
cidade.
As andorinhas-das-rochas nidificam nos claustros do Convento de Cristo, podendo
ser observadas a voar sobre a Mata e em redor do Castelo.
A Mata dos Sete Montes possui uma enorme variedade de espécies vegetais
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Guia Prático de Observação de Aves no Distrito de Santarém
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Por ser uma cidade bastante movimentada as aves estão habituadas à presença de
pessoas, deixando-se observar facilmente. Nos arredores da cidade, encontram-se
alguns locais de uma beleza singular, o Agroal é um exemplo disso.