Apesar de ser relativamente pouco conhecida e raramente visitada por ornitólogos nacionais, a albufeira da barragem de Vilar estende-se ao longo de mais de 9 km, o que faz dela a maior barragem do distrito de Viseu e também o melhor local para observar aves aquáticas nesta região.
Aves aquáticas:
pato-real, mergulhão-pequeno, mergulhão-de-crista, garça-real, corvo-marinho-de-faces-brancas, borrelho-pequeno-de-coleira, maçarico-das-rochas, maçarico-bique-bique, guarda-rios
Grandes aves terrestres:
milhafre-preto, gavião, bútio-comum, peneireiro-vulgar, ógea,
cuco-canoro
Passeriformes:
cotovia-montesina, andorinha-das-barreiras, andorinha-das-rochas, petinha-dos-prados, alvéola-cinzenta, alvéola-branca, carriça, pisco-de-peito-ruivo, rabirruivo-preto, cartaxo-comum, tordoveia, rouxinol-bravo, toutinegra-de-cabeça-preta, toutinegra-de-barrete, felosa-comum, estrelinha-real, chapim-rabilongo, chapim-de-poupa, chapim-carvoeiro, gaio, pega-rabuda, gralha-preta, corvo, estorninho-preto, pardal-montês, pardal-francês, pintarroxo, escrevedeira-de-garganta-preta
É feita sobretudo ao longo da margem ocidental.
A aldeia de Faia, situada a cerca de 4 km do paredão, serve de ponto de partida à exploração. Aqui é possível observar a albufeira em quase toda a sua extensão. No Inverno observam-se geralmente algumas aves aquáticas, sendo o mergulhão-de-crista, o corvo-marinho-de-faces-brancas, a garça-real e o pato-real presenças habituais neste local. As margens são frequentadas por pequenos bandos de gralhas-pretas. Na Primavera, o milhafre-preto pode ser visto a patrulhar a albufeira.
É possível seguir para norte ao longo de uma estrada municipal, que oferece uma boa perspectiva da albufeira. Ao longo da estrada é frequente ver espécies como o bútio-comum, o estorninho-preto, a pega-rabuda e, mais raramente, o corvo. Do lado esquerdo da estrada há uma pedreira, onde por vezes se vê um casal de peneireiros.
Junto ao paredão da barragem, obtém-se uma perspectiva da albufeira em toda a sua extensão, mas aqui as margens são abruptas e há poucas aves aquáticas, mas é geralmente possível ver mergulhões ou corvos-marinhos. O paredão propriamente dito é frequentado pela andorinha-das-rochas. Vale a pena olhar também para o vale a jusante, onde junto à água já foi observado o maçarico-bique-bique. Este vale é ladeado por uma pequena galeria ripícola, que é frequentada por passeriformes típicos deste habitat, como o rouxinol-bravo e o chapim-rabilongo. Nas imediações não é raro ver-se o pardal-francês.
Voltando à N226 e prosseguindo para sueste na direcção de Sernancelhe, é possível aceder a dois outros locais de interesse: Freixinho e Vila da Ponte.
A aldeia de Freixinho pode ser acedida através de uma pequena estrada que vira à esquerda logo a seguir a Penso e que passa sobre um braço da barragem, com margens bastante pedregosas. Aqui observam-se o guarda-rios e a garça-real. Continuando até Freixinho, chega-se finalmente à margem da albufeira, que aqui também é frequentada por pequenos bandos de patos-reais.
Mais para sul, já perto de Sernancelhe, a localidade de Vila da Ponte também merece uma paragem, para observar sobretudo passeriformes. Junto à ponte é habitual observar-se a andorinha-das-rochas, alvéola-branca, a alvéola-cinzenta, o pardal-montês e a escrevedeira-de-garganta-preta. Ao longo do rio observam-se por vezes algumas limícolas, como o borrelho-pequeno-de-coleira e o maçarico-bique-bique; na época reprodutora este local é frequentado pela andorinha-das-barreiras e pelo milhafre-preto.
Melhor época: desconhecida
Distrito: Viseu
Concelhos: Moimenta da Beira / Sernancelhe
Onde fica: na Beira Alta, cerca de 50 km a nordeste de Viseu e a 10 km a norte de Sernancelhe. A partir do litoral o acesso é feito pela A25 (que liga Aveiro a Viseu) ou pelo IP3 (que liga Coimbra a Viseu). Em Viseu toma-se a N229 que passa por Sátã e Aguiar da Beira e conduz a Sernancelhe. Em alternativa, pode aceder-se por Lamego e Moimenta da Beira, através da N226.