Esta albufeira é, a par da lagoa dos Patos, uma das zonas húmidas mais interessantes do interior alentejano. Em particular, este é um local favorável para observar patos, rapinas e limícolas.
Aves aquáticas:
frisada, marrequinha, pato-real, pato-trombeteiro, mergulhão-pequeno, mergulhão-de-crista, corvo-marinho-de-faces-brancas, garça-branca-pequena, garça-real, águia-pesqueira, galeirão-comum, pernilongo, borrelho-pequeno-de-coleira, perna-verde-comum, maçarico-das-rochas, gaivota-d’asa-escura, gaivina-de-bico-preto
Grandes aves terrestres:
codorniz, garça-boieira, cegonha-branca, peneireiro-cinzento, milhafre-real, tartaranhão-dos-pauis, tartaranhão-azulado, bútio-comum, águia-calçada, peneireiro-vulgar, grou, alcaravão, abibe, poupa
Passeriformes:
cotovia-de-poupa, laverca, andorinha-dáurica, rouxinol-comum, cartaxo-comum, rouxinol-bravo, fuinha-dos-juncos, papa-figos, picanço-barreteiro, picanço-real, pega-azul, gralha-preta, estorninho-preto, pardal-espanhol, pintarroxo, trigueirão
Visita:
É feita sobretudo ao longo da margem norte, que é mais acessível e também mais interessante do ponto de vista ornitólogico.
O paredão da barragem oferece uma perspectiva geral sobre a albufeira. A partir daqui é geralmente possível ver o mergulhão-de-crista, o mergulhão-pequeno e, ocasionalmente, bandos de galeirões. Este é um bom local de observação de rapinas, não sendo raro ver-se o tartaranhão-dos-pauis e o milhafre-real durante a estação fria. Na Primavera são frequentes as gaivinas-de-bico-preto, enquanto as margens são frequentadas por pernilongos e borrelhos-pequenos-de-coleira. Imediatamente antes do paredão, existe um parque de merendas onde ocorrem diversas aves terrestres, nomeadamente a pega-azul, o pardal-espanhol e, na Primavera, o papa-figos.
Prosseguindo para leste pela N18 ao longo da margem norte chega-se a Santa Vitória. Esta localidade serve de base à exploração do braço norte, um dos melhores para observação de aves aquáticas. Para isso pode seguir-se para sul pela estrada municipal até à pequena ponte que surge um pouco adiante (ponto B no mapa). Contudo, por vezes o nível da água na albufeira está um pouco baixo e esta zona está enxuta. Nesse caso, é possível caminhar-se ao longo da margem norte, onde geralmente há galeirões e diversas espécies de patos. No meio da água, algumas árvores secas são usadas como local de repouso por corvos-marinhos-de-faces-brancas e, ocasionalmente, por alguma águia-pesqueira. As zonas adjacentes à margem são frequentadas, no Inverno, por abibes e lavercas.
Mais para sul, ao longo da margem nascente, situa-se a aldeia de Mina da Juliana. Este local é menos interessante que os anteriores, mas já aqui foram vistos o perna-verde-comum e o alcaravão.
Melhor época: todo o ano
Distrito: Beja
Concelhos: Aljustrel e Beja
Onde fica: cerca de 20 km a oeste de Beja. O acesso a partir de Beja é feito pela N18 até Ervidel. Para quem venha de Lisboa, deve seguir pela A2 saindo no nó de Aljustrel e seguindo depois para norte pela N2 até Ervidel. O acesso ao paredão da barragem, que fica 2 km a sudoeste de Ervidel, é feito pela N2-8.