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Boca do Rio e Paul da Lontreira
Esta pequena zona húmida, situada no barlavento
algarvio na confluência das ribeiras de Budens, Vale de
Boi, Vale Barão e Almádena, surpreende pela sua
diversidade avifaunística e pela ocorrência de algumas
espécies pouco comuns.
Melhor época: Inverno e Primavera

Distrito: Faro
Concelho: Vila do Bispo
Onde fica: No barlavento algarvio, a meio caminho entre Lagos e Sagres. O acesso
é feito pela N125 até à aldeia de Budens (que fica 16 km a oeste de Lagos e 8 km a
leste de Vila do Bispo). Junto a Budens, deve virar-se para sul, pela estrada que
tem a indicação “Boca do Rio” – este local fica a cerca de 2 km.

Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
A várzea da Boca do Rio pode ficar bastante alagada, atraindo diversas espécies de aves aquáticas
O Paul da Lontreira encontra-se coberto por um vasto caniçal,
onde no Inverno se observa o chapim-de-faces-pretas
Visita:
Este local é relativamente fácil de visitar, mercê da sua reduzida dimensão e da
existência de bons acessos.

A
Boca do Rio é na verdade o nome da foz, onde se situa a praia. A zona
adjacente é composta por uma várzea húmida, que pode estar alagada, contudo o
nível de água varia fortemente com a época do ano e com as condições
meteorológicas. Existe uma estrada que contorna esta pequena zona húmida até ao
mar e que permite observar a avifauna do local; pode ser percorrida de carro, mas
vale a pena percorrer uma parte a pé, pois isso permitirá observar mais aves.
O número e a variedade de aves presentes neste local depende, entre outros
factores, do nível de água. Entre as espécies de aves aquáticas que aqui têm sido
vistas com regularidade, são de referir: a
garça-branca-pequena, o pato-real, a
galinha-d’água e o galeirão-comum. Ocasionalmente observam-se também algumas
limícolas. Contudo, na Primavera e no Verão os terrenos podem secar e nessas
circunstâncias a maioria das aves aquáticas abandona o local. Também é possível
encontrar algumas espécies típicas de terrenos abertos, como a
fuinha-dos-juncos,
o
pintarroxo e o trigueirão. Durante a época dos ninhos vê-se por vezes a alvéola-
amarela. As encostas adjacentes são frequentadas por diversas espécies de aves,
entre as quais o
abelharuco, a cotovia-montesina e a toutinegra-de-cabeça-preta.
Nas escarpas junto ao mar pode ver-se o
rabirruivo-preto.

O
Paul da Lontreira (ou Paul de Budens) desenvolve-se para nordeste do local
anterior, ao longo da ribeira de Vale Barão. Pode ser percorrido a pé por um
caminho que existe ao longo do seu lado sul. Este paul encontra-se coberto por
uma extensa mancha de vegetação palustre, nomeadamente caniço e tabua e é
frequentado por diversas espécies de aves típicas de caniçal. Entre as espécies mais
interessantes são de referir o
frango-d’água (que é mais frequentemente ouvido
que visto) e a
felosa-unicolor (espécie pouco frequente no Algarve). Outras
espécies que aqui podem ser vistas são a
garça-vermelha, o rouxinol-bravo, o
rouxinol-pequeno-dos-caniços, o rouxinol-grande-dos-caniços e no Inverno, o
chapim-de-faces-pretas. Este local é igualmente frequentado pelo bico-de-lacre.

As zonas envolventes desta zona húmida encontram-se cobertas por mato e
alguns pequenos bosquetes e é possível encontrar diversas espécies de aves
terrestres, incluindo o
peneireiro-vulgar, a carriça, a toutinegra-de-cabeça-preta, a
felosa-ibérica e a pega-azul.
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Paul da Lontreira