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Elvas
Aves aquáticas:
pato-trombeteiro, garçote, corvo-marinho-de-faces-brancas, garça-nocturna,
garça-branca-pequena, garça-real, cegonha-branca, caimão, frango-d'água,
galinha-d'água, galeirão-comum, pernilongo, maçarico-das-rochas,
perdiz-do-mar, gaivina-de-bico-preto, andorinha-do-mar-anã, guarda-rios
Grandes aves terrestres:
garça-boieira, cegonha-branca, milhrafre-preto, milhafre-real, abetarda, abibe,
pombo-torcaz, andorinhão-pálido, abelharuco, rolieiro
Passeriformes:
calhandra-real, cotovia-de-poupa, andorinha-das-barreiras,
andorinha-das-rochas, andorinha-dáurica, alvéola-cinzenta, alvéola-branca,
rouxinol-comum, pisco-de-peito-azul, rouxinol-bravo, fuinha-dos-juncos,
rouxinol-grande-dos-caniços, felosa-poliglota, chapim-de-faces-pretas,
picanço-real, gralha-de-nuca-cinzenta, pega-rabuda, pardal-espanhol,
bengali-vermelho, bispo-de-coroa-amarela, pintarroxo, trigueirão
Visita:
A cidade de Elvas é o ponto de partida ideal para explorar esta região. Vale a pena
visitar a zona histórica, onde durante a Primavera e o Verão é habitual ver-se o
andorinhão-pálido.
A partir daqui toda a região pode ser explorada usando as várias estradas que
saem radialmente.
Para sul, a estrada de Olivença conduz até às ruínas da Ponte da Ajuda, situadas
nas margens do rio Guadiana. O plano de água da albufeira de Alqueva chega até
aqui e este local é hoje bastante rico em aves aquáticas; um dos grupos mais bem
representados e o dos ardeídeos - podem ver-se a garça-real, a
garça-branca-pequena, a garça-boieira, a garça-nocturna e, ocasionalmente, a
garça-vermelha. Também é habitual verem-se alguns
corvos-marinhos-de-faces-brancas - esta espécie ocorre na área ao longo de todo
o ciclo anual. Outras aves aquáticas que aqui ocorrem na Primavera são a
gaivina-de-bico-preto e a andorinha-do-mar-anã. O milhafre-preto pode por vezes
ser visto a patrulhar as águas.
Vale também a pena observar as ruínas da velha ponte, que são frequentadas por
bandos de gralhas-de-nuca-cinzenta. Estas aves mexem-se em bandos ruidosos e
pousam frequentemente na ponte, sendo por isso fáceis de observar. A ponte nova
é frequentada por diversas espécies de andorinhas, nomeadamente a
andorinha-dos-beirais (que tem aqui uma grande colónia), a andorinha-dáurica e a
andorinha-das-rochas. No Rio Guadiana podem ver-se a andorinha-das-barreiras, a
alvéola-cinzenta, a alvéola-branca e o rouxinol-bravo.
Ao longo da estrada que conduz a Elvas podem ver-se diversos passeriformes
característicos de espaços mais abertos, como a cotovia-de-poupa, a
fuinha-dos-juncos, o picanço-real ou o trigueirão.
Voltando para trás e virando à direita na primeia estrada asfaltada, chega-se à
Torre de Bolsa (que é na realidade um lugar à beira da estrada). Outrora coberta
por arrozais, esta zona tem hoje sobretudo campos lavrados ou cultivados. Aqui é
fácil observar a cegonha-branca, a garça-boieira, a cotovia-de-poupa e a
pega-rabuda. Vale a pena inspeccionar os bandos de pardais, já que este local é
frequentado pelo pardal-espanhol.
Mais para leste, perto da fronteira do Caia, situa-se a Barragem da Alfarófia
Nova. A barragem encontra-se vedada em todo o seu perímetro, mas a observação
pode ser feita sem dificuldade a partir da estrada. Apesar da sua pequena
dimensão, esta barragem é muito interessante para observar aves, devido ao facto
de conter abundante vegetação emergente, que serve de refúgio a diversas
espécies de aves aquáticas, com destaque para os ralídeos: aqui pode ver-se o
caimão, que tem neste local um núcleo isolado de ocorrência, o frango-d'água, a
galinha-d'água e o galeirão-comum. No que respeita aos passeriformes, este é um
bom local para ver a perdiz-do-mar, a andorinha-das-barreiras e o
rouxinol-grande-dos-caniços e, no Inverno, já tem sido visto aqui o pisco-de-peito
azul. Outras espécies observadas nesta zona incluem o garçote e a pega-rabuda. É
de assinalar também a ocorrência regular de bandos de bengalis-vermelhos e de
bispos-de-coroa-amarela. Os terrenos circundantes, que por vezes se encontram
alagados, são frequentados pela garça-boieira, pela cegonha-branca e pelo
pernilongo.
Prosseguindo para norte e passando sobre a auto-estrada A6, continua-se por
uma estrada municipal e depois de passar sobre a via férrea, vira-se à direita e
chega-se ao Rio Caia. Aqui existe muita vegetação emergente, principalmente
tabua. Neste local podem ver-se o garçote, o rouxinol-comum, o rouxinol-bravo, o
rouxinol-grande-dos-caniços, a felosa-poliglota e o chapim-de-faces-pretas. Por
vezes também se observa o bengali-vermelho neste local. Ao longo da estrada é
frequente encontrar o abelharuco.
Para oeste de Elvas, merece visita a zona de Vila Fernando. Aqui o habitat é
aberto, proprício à ocorrência de aves estepárias, como a abetarda e o rolieiro
(ambos actualmente bastante raros) e a calhandra-real. Outras espécies que aqui
podem ser observadas incluem a fuinha-dos-juncos, o pintarroxo, o trigueirão e,
no Inverno, o abibe e o milhafre-real.

As ruínas da velha Ponte da Ajuda, nas margens do Guadiana, são utilizadas pela gralha-de-nuca-cinzenta
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A Barragem da Alfarófia, situada junto à herdade com o mesmo nome, é um bom local para observar aves aquáticas
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Situada perto do local em que o Rio Guadiana entra em
Portugal, a cidade fronteiriça de Elvas situa-se numa
região com uma avifauna muito variada e constitui um
bom ponto de partida para explorar o interior alentejano.
A paisagem compreende terrenos agrícolas e florestais,
mas também aqui ocorre um bom lote de aves
aquáticas, muitas das quais são raras no interior do
território.
Torre da Bolsa, perto de Elvas, é uma ZPE (Zona de Protecção Especial para a Avifauna).
Para saber mais clique aqui.
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Melhor época: todo o ano
Distrito: Portalegre
Concelho: Elvas
Onde fica: A cidade de Elvas fica no leste alentejano, junto à fronteira com
Espanha. A principal via de acesso a partir do litoral é a auto-estrada A6.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos: