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Vulgarmente conhecidas como "Serras de Fafe", as
serras da Lameira e do Maroiço são privilegiadas no
que diz respeito à paisagem que as envolve, pois
localizam-se entre a serra da Cabreira, a montanha da
Penha, e as serras do Gerês e do Alvão. Sugere-se
aqui a visita à parte nordeste do concelho, que abarca
três habitats distintos: os aglomerados rurais
existentes, as zonas abertas do parque eólico e a
barragem da Queimadela.
Melhor época: Primavera

Distrito: Braga
Concelho: Fafe
Onde fica: A cerca de 60 quilómetros a nordeste do Porto. A partir desta cidade,
segue-se pela A3 até Famalicão e toma-se a A7 até Fafe.

Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
Aspecto geral das serras de Fafe.
Barragem da Queimadela, onde ocorre o melro-d'água
A visita à barragem da Queimadela é essencial, pois conjuga o habitat florestal
com o aquático. Para lá chegar deve sair-se da A7 em Fafe e seguir as placas
existentes que indicam a barragem. Ao longo do prado ribeirinho é possível
observar a
alvéola-cinzenta, a garça-real e o guarda-rios. Na barragem, nas
cascatas e nos rápidos onde corre o rio Vizela é frequente ver o
melro-d'água a
alimentar-se. Na zona arborizada que envolve a barragem ocorrem diversas aves
florestais, como o
chapim-real, a trepadeira-comum, a estrelinha-real, o
pisco-de-peito-ruivo e o gaio.
Fatbirder's Top 1000 Birding Websites
Visita:
Para explorar as Serras de Fafe, a partir da saída da A7 segue-se a N206 em
direcção a Celorico de Basto e a aproximadamente 8 kms vira-se à esquerda para a
Lameirinha. Começa aqui a parte dos
aglomerados rurais. Chegando à aldeia de
Vila Pouca, onde as actividades predominantes são ainda a agricultura e a
pastorícia, é possível observar várias espécies que também são típicas nas aldeias
adjacentes de Lagoa, Gontim, Luílhas e Aboim. São frequentes a
alvéola-branca e a
alvéola-cinzenta junto aos riachos que atravessam as aldeias. Nos campos de
cultivo e pastoreio observam-se facilmente o
rabirruivo-preto, o chamariz, o
verdilhão, o pintarroxo-comum e o estorninho-preto. Próximo das habitações rurais
existem colónias de
andorinha-das-chaminés. Por vezes, pode observar-se a
escrevedeira-de-garganta-preta pousada nos fios eléctricos. Nas zonas mais
arborizadas ocorre o
tentilhão, o pisco-de-peito-ruivo, o chapim-real, o
chapim-carvoeiro, o chapim-azul, o chapim-rabilongo e o pica-pau-malhado-grande.
O percurso para as aldeias seguintes é constituído essencialmente por planaltos
desarborizados e oferece trajecto pode ser efectuado de carro através das estradas
em terra do
parque eólico existente ou então a pé, escolhendo um dos vários
trilhos marcados.
Ao longo do trajecto é possível observar-se na vegetação rasteira o
cartaxo-comum, a ferreirinha-comum, a toutinegra-do-mato, a cia, a poupa e o
pica-pau-verde. Durante a época estival, é típico ouvir o canto da laverca, da
fuinha-dos-juncos e do papa-amoras. Por vezes, nos blocos graníticos adjacentes à
famosa Casa do Caçador, ocorre o
chasco-cinzento. A zona mais alta das serranias
é a nascente do Rio Vizela no Alto de Morgair (894 metros de altitude), frequentada
pelo
cuco-canoro. Com hábitos mais discretos surge esporadicamente empoleirado
na vegetação o
picanço-real. Nos locais onde a paisagem é mais aberta é frequente
ver a
petinha-dos-campos, a gralha-preta, o bútio-comum, o peneireiro-comum e o
tartaranhão-caçador à procura de alimento. Durante a época estival ocorrem a ógea
e a
águia-cobreira.
Vista sobre o Parque Eólico onde é frequente observar o voo rente ao solo do tartaranhão-caçador
Vista geral sobre a aldeia de Gontim, onde predomina a agricultura e pastorícia
Serras de Fafe