Nos arredores da cidade de Évora, a vasta planície alentejana constitui um dos locais mais importantes do país para as populações de aves estepárias e oferece boas oportunidades para qualquer observador de aves.
Aves aquáticas:
margulhão-pequeno, perdiz-do-mar, maçarico-bique-bique, gaivina-de-bico-preto
Grandes aves terrestres:
perdiz, garça-boieira, cegonha-branca, peneireiro-cinzento, milhafre-preto, milhafre-real, tartaranhão-caçador, tartaranhão-azulado, bútio-comum, águia-calçada, peneireiro-vulgar, esmerilhão, sisão, abetarda, grou, alcaravão, tarambola-dourada, abibe, cortiçol-de-barriga-preta, pombo-torcaz, cuco-rabilongo, mocho-galego, andorinhão-preto, andorinhão-pálido, abelharuco
Passeriformes:
calhandra-real, calhandrinha, cotovia-de-poupa, laverca, andorinha-dáurica, petinha-dos-campos, petinha-dos-prados, alvéola-branca, chasco-ruivo, rouxinol-bravo, fuinha-dos-juncos, picanço-real, picanço-barreteiro, pega-rabuda, gralha-de-nuca-cinzenta, gralha-preta, corvo, estorninho-malhado, estorninho-preto, pardal-espanhol, pintarroxo, trigueirão
Visita:
As zonas mais interessantes estendem-se para leste e para sul da cidade, coincidindo parcialmente com a Zona de Protecção Especial (ZPE). Toda a área é atravessada pela Nacional 18 e pelo IP2 – devido à intensidade do tráfego nesta via, sugere-se assim uma incursão pelas estradas secundárias, onde a perturbação pelo tráfego é menor. O percurso agrícola aqui proposto permite tomar contacto com algumas das espécies mais características desta zona.
Saindo de Évora para leste pela N18, prossegue-se durante cerca de 10 km, virando então à direita e seguindo as indicações para Torre de Coelheiros. A partir daqui é possível prosseguir a um ritmo mais lento, para observar as aves. A paisagem é variada, alternando as zonas abertas (pousio ou pastagens) com as manchas de montado. Entre as espécies mais fáceis de encontrar nesta zona são de referir: no Inverno, o milhafre-real, a tarambola-dourada, o abibe e a laverca; na Primavera, o abelharuco, a andorinha-dáurica e o picanço-barreteiro. Ao fim de 3 km vira-se à esquerda por uma pequena estrada agrícola (asfaltada) onde o tráfego é quase nulo. Aqui as zonas de pastagens alternam com áreas de olival intensivo, onde é possível encontrar alguns passeriformes, com destaque para os alaudídeos (calhandrinha, cotovia-arbórea, cotovia-de-poupa), bem como a petinha-dos-campos e o chasco-ruivo e o abundante trigueirão. Com alguma sorte poderá ser encontrado o alcaravão. A gaivina-de-bico-preto e a perdiz-do-mar podem ser vistas com frequência em terrenos lavrados e deverão nidificar na zona.
O centro histórico de Évora também merece uma visita: aqui subsiste uma pequena população de gralhas-de-nuca-cinzenta, que geralmente pousam nas árvores em frente à Sé. O jardim público junto à porta do Raimundo alberga um casal de corujas-do-mato, que podem ser ouvidas a cantar à noite. Durante a Primavera, os andorinhões-pretos podem ser vistos facilmente por toda a cidade, ao passo que os andorinhões-pálidos parecem ser especialmente regulares junto ao teatro Garcia de Resende (intramuros). Nos últimos anos, uma colónia de garças-boieiras instalou-se a cerca de 1 km do centro urbano perto da zona industrial e pode ser vista com facilidade a partir da circular externa que contorna a cidade pelo lado sul.
Melhor época: Inverno e Primavera
Distrito: Évora
Concelho: Évora
Onde fica: a cidade de Évora fica no coração do Alentejo, a cerca de 130 km a leste de Lisboa. Os percursos sugeridos situam-se num raio de 20 km da cidade.