Embora conhecida pelo nome lagoa dos Patos, esta zona húmida é na verdade uma albufeira. Apesar de não ser uma das maiores manchas de água, aqui podem ser vistas as maiores concentrações de patos de todo o Baixo Alentejo. Além disso os arrozais adjacentes atraem limícolas e outras aves aquáticas. Uma visita à lagoa dos Patos é incontornável. Não muito longe fica a barragem de Odivelas.
Aves aquáticas:
marrequinha, pato-real, pato-trombeteiro, mergulhão-pequeno, mergulhão-de-crista, corvo-marinho-de-faces-brancas, garça-branca-pequena, garça-real, colhereiro, flamingo, frango-d’água, galeirão-comum, pernilongo, perdiz-do-mar, narceja-comum, maçarico-das-rochas, guincho-comum, gaivota-d’asa-escura, guarda-rios
Grandes aves terrestres:
perdiz, garça-boieira, cegonha-branca, milhafre-real, tartaranhão-dos-pauis, mocho-galgo, poupa
Passeriformes:
laverca, petinha-dos-prados, petinha-ribeirinha, cartaxo-comum, rouxinol-bravo, fuinha-dos-juncos, gralha-preta, estorninho-preto, pardal-espanhol, bengali-vermelho, pintarroxo, escrevedeira-dos-caniços
Visita:
É possível ir de carro até à margem sul da lagoa, devendo a exploração da zona ser feita a pé. Existem duas áreas de interesse: a lagoa propriamente dita e os arrozais a jusante (nota: em 2020 os arrozais deram lugar a olival intensivo).
A lagoa dos Patos destaca-se pelas concentrações de anatídeos e também de garças e outras pernaltas, como colhereiros e flamingos. A margem da lagoa não tem muita vegetação o que dificulta a aproximação às aves, por isso um telescópio pode ser muito útil. Prospectando os bandos de patos é geralmente possível encontrar diversas espécies, como o pato-real, o pato-trombeteiro e a marrequinha. Por vezes observam-se aqui grandes concentrações de corvos-marinhos-de-faces-brancas. Vale a pena perscrutar as margens da lagoa, onde habitualmente ocorrem algumas limícolas como o maçarico-das-rochas e o pernilongo.
Logo abaixo do paredão existia um conjunto de terrenos agrícolas que se encontravam frequentemente inundados e onde em certos anos se cultivava o arroz. Esta zona era boa para a observação de limícolas, nomeadamente narcejas-comuns e, por vezes, pilritos. A petinha-ribeirinha era uma presença frequente nestes terrenos. As valas circundantes albergavam frango-d’água, rouxinol-bravo e, na estação fria, algumas escrevedeiras-dos-caniços. Por vezes também se observavam aqui alguns pardais-espanhóis. Na época reprodutora este era um local de ocorrência de perdizes-do-mar.
Melhor época: Outono e Inverno
Distrito: Beja
Concelho: Alvito
Onde fica: cerca de 10 km para sul de Alvito e 20 km para noroeste de Beja. O acesso a partir de Beja ou Ferreira do Alentejo pela EN 121 (IP8), virando para norte cerca de 4 km a leste de Ferreira, seguindo por Peroguarda e Alfundão e seguindo as indicações para Alvito. Cerca de 6 km a norte de Alfundão, uma estrada de terra para a esquerda conduz à lagoa dos Patos.