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Albufeira de Alqueva
A maior albufeira do país veio criar um novo habitat
numa região onde a água era escassa e propiciou o
aparecimento de numerosas espécies de aves aquáticas
que antes eram menos frequentes naquela zona. O local
é hoje bastante interessante para a observação de aves
e merece certamente uma visita.
Visita:
Dada a enorme extensão da albufeira, apenas são sugeridos aqui alguns locais de
mais fácil acesso. Existem, contudo, muitos outros locais que merecem ser
prospectados, pois devido à extensão do habitat disponível, o potencial é muito
vasto.
A forma mais fácil de explorar a albufeira de Alqueva consiste em percorrer as
estradas circundantes, parando nos locais onde estas se aproximam do plano de
água. As estradas municipais são preferíveis às nacionais, devido ao menor tráfego
que aí circula, o que traz mais segurança e menos perturbação.

Durante o período de invernada, algumas espécies de aves aquáticas podem ser
encontradas com bastante facilidade em qualquer ponto da albufeira ou ao longo
das suas margens. É o caso do
corvo-marinho-de-faces-brancas, do pato-real, do
abibe, do guincho-comum e da alvéola-branca. Para encontrar outras espécies, é
necessário ir percorrendo a orla da albufeira, efectuando paragens aqui e ali. O
percurso que aqui se descreve inicia-se em Mourão e desenvolve-se para sul, ao
longo da margem oriental da albufeira. Existem, naturalmente, muitos outros
itinerários, que oportunamente aqui serão divulgados.

Assim, para quem vem do lado de Évora pela N256, o primeiro local de observação
surge à entrada de Mourão, sobre a
ribeira das Vinhas. Aqui já têm sido vistas
diversas espécies de patos, incluindo
frisada e pato-trombeteiro, sobretudo no
braço que existe do lado esquerdo da estrada. Esta zona também é frequentada
pelo
milhafre-real. Contudo, neste local o tráfego é intenso e por isso as condições
de observação não são as melhores.

Assim, é preferível atravessar Mourão e sair pela estrada municipal que conduz à
aldeia da Luz. Esta estrada atravessa diversos terrenos agrícolas (onde por vezes
se observam pequenos bandos de tarambolas-douradas). A certa altura surge do
lado direito uma enseada que merece uma paragem para observação. Este é um
bom local para observar patos (incluindo a
piadeira, a frisada e o pato-trombeteiro),
valendo igualmente a pena prospectar o plano de água, ao longe, à procura do
mergulhão-de-crista. Outras espécies de aves aquáticas que já aqui foram vistas
são a
garça-branca-grande (que poderá ser regular), o galeirão-comum e o
maçarico-das-rochas. Nos campos circundantes ocorrem diversos passeriformes,
destacando-se o
picanço-real, que aqui parece ser bastante comum, a pega-rabuda
e o
trigueirão.

Saindo da Luz em direcção à aldeia da Estrela, surge ao fim de alguns quilómetros a
longa
ponte sobre a ribeira de Alcarrache. Um desvio do lado direito, mesmo
antes da ponte, permite parar e observar a albufeira. Este é mais um local onde  
vale a pena prospectar para procurar
mergulhões-de-crista, patos, garças e outras
aves aquáticas. A ponte propriamente dita costuma ser frequentada por algumas
gralhas-de-nuca-cinzenta. Nas zonas envolventes ocorrem a pega-azul e o
pintarroxo. Ao longe surgem, por vezes, bandos de grous, possivelmente oriundos
da vizinha zona de
Mourão.
Por fim chegamos à aldeia da Estrela. Esta aldeia, que após o enchimento da
albufeira ficou rodeada de água por três lados, merece igualmente uma paragem.
Neste local podem ver-se o
mergulhão-de-crista e o galeirão-comum e, por vezes, o
guarda-rios. Também já aqui foram observados os raros patos-de-bico-vermelho,
que poderão ser regulares na zona. A aldeia propriamente dita é frequentada, no
Inverno, pelo
rabirruivo-preto, enquanto que nos terrenos circundantes ocorrem a
cotovia-montesina, o cartaxo-comum e, no Inverno, o tartaranhão-azulado. Na
Primavera esta zona também é frequentada pela
perdiz-do-mar. Outras aves
terrestres que ocorrem habitualmente neste local incluem:
bútio-comum, poupa,
picanço-barreteiro, pega-azul e trigueirão.

Um pouco mais para sul, já perto da Póvoa de São Miguel, a estrada aproxima-se
novamente do plano de água e cruza um braço da albufeira na ponte sobre a
ribeira de Zebro. O melhor local para estacionar surge do lado direito, um pouco
após a ponte. Estre as espécies que ocorrem neste local são de referir a
galinha-d'água, o rouxinol-comum e a andorinha-dáurica; nos campos envolventes
é frequente ouvir a
codorniz. Convém igualmente notar o ninho de cegonha-branca
que existe do lado esquerdo da estrada, cerca de 100 metros antes da ponte - por
baixo do ninho nidificam alguns
pardais-espanhóis.


Melhor época: Outono e Inverno

Distritos: Beja e Évora
Concelhos: Moura, Mourão, Portel, Reguengos de Monsaraz
Onde fica: a albufeira estende-se por quase 100 km ao longo do vale do Guadiana.
O melhor acesso é feito a partir de Évora, seguindo na direcção de Reguengos de
Monsaraz; a partir daqui pode seguir-se para sul (Portel), leste (Mourão) ou norte
(Alandroal).


Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
A albufeira de Alqueva contém numerosos braços e enseadas,
muitos dos quais são frequentados por aves aquáticas
Na ponte sobre a ribeira de Alcarrache podem ser vistas algumas
gralhas-de-nuca-cinzenta, que pousam nos pilares
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