Numa das zonas de maior densidade de ocupação humana do país, estas duas lagoas, rodeadas por um denso bosque de folhosas, constituem um pequeno oásis de vegetação natural. Graças à criação de uma área protegida e à existência de vários percursos assinalados, onde não existe tráfego automóvel, este é um local aprazível onde é possível ver aves com tranquilidade.

O percurso atravessa um bosque de folhosas, onde abundam alguns passeriformes, como a carriça ou o pisco-de-peito-ruivo

Visita:

A visita a esta área protegida é feita exclusivamente a pé. O local ideal para começar a visita é o centro de interpretação, onde existe um parque de estacionamento. A partir daqui, existem diversos percursos assinalados, de extensão variável (o mais curto tem 1,6 km e o mais longo tem 12,5 km). Estes percursos permitem percorrer trilhos que atravessam os habitats mais característicos desta área protegida – e, no caso dos dois percursos mais longos, também das áreas circundantes.
A maior parte da área encontra-se coberta por bosque de folhosas, onde as espécies dominantes são o carvalho-roble, o amieiro e o salgueiro-negro. Aqui é possível encontrar diversas aves típicas de habitats florestais. As mais abundantes, facilmente audíveis ao longo de todo o percurso, são a carriça, o pisco-de-peito-ruivo, o melro-preto, a toutinegra-de-barrete, o chapim-carvoeiro, o chapim-real e o tentilhão-comum. No entanto, há muitas outras espécies e que também podem ser detectadas com regularidade. É o caso da estrelinha-real, do chapim-rabilongo, da trepadeira-comum e do gaio. Devido às características do habitat (bosque muito denso), todas estas espécies são mais facilmente ouvidas que vistas e por isso é necessária alguma paciência para poder visualizar as aves.

Dois locais de paragem obrigatória para quem visita esta área protegida são as duas lagoas que lhe dão o nome: a lagoa de São Pedro e a lagoa do Mimoso. Ambas as lagoas são acessíveis através dos percursos referidos e em ambas existem observatórios que permitem prospectar as lagoas sem causar demasiada perturbação. Nestas lagoas podem ser vistas diversas espécies de aves aquáticas, nomeadamente o pato-real, a garça-real, a galinha-d’água ou o mergulhão-pequeno, assim como alguns passeriformes que apreciam a vegetação envolvente – como por exemplo a felosa-poliglota ou a felosa-ibérica.

Nos terrenos adjacentes aos centro de interpretação há alguns bosques de pinheiro-bravo e eucalipto, onde e possível encontrar o pombo-torcaz, o pica-pau-verde, o pica-pau-malhado e a tordoveia.

Melhor época: todo o ano

Distrito: Viana do Castelo
Concelho: Ponte de Lima
Onde fica: Na margem direita do rio Lima, cerca de 4 km a oeste de Ponte de Lima. O acesso é feito a partir da Estrada Nacional 202, que liga Ponte de Lima a Viana do Castelo, ou a partir da auto-estrada A28 (neste último caso a saída para as lagoas encontra-se assinalada).