Localizada na costa alentejana, junto à praia com o mesmo nome, a lagoa de Melides estende-se para o interior através de vários quilómetros de arrozais e tem a norte uma falésia de arenito. Desde 2010 que se encontra em processo de classificação como Área Protegida de Interesse Local. Este é um bom local para observar, patos, rapinas e limícolas.
Aves aquáticas:
marrequinha, pato-real, pato-trombeteiro, pato-de-bico-vermelho, mergulhão-pequeno, corvo-marinho-de-faces-brancas, papa-ratos, garça-branca-pequena, garça-real, garça-vermelha, íbis-preta, colhereiro, águia-pesqueira, galinha-d’água, caimão, galeirão-comum, pernilongo, borrelho-pequeno-de-coleira, borrelho-grande-de-coleira, narceja-comum, perna-vermelha-comum, maçarico-bique-bique, maçarico-das-rochas, guincho-comum, gaivota-d’asa-escura
Grandes aves terrestres:
garça-boieira, cegonha-branca, tartaranhão-dos-pauis, cuco-rabilongo, cuco-canoro, coruja-do-mato, abelharuco, poupa
Passeriformes:
petinha-dos-prados, cartaxo-comum, fuinha-dos-juncos, rouxinol-pequeno-dos-caniços, picanço-barreteiro, pega-azul, gralha-preta, pintarroxo
Visita:
A lagoa pode ser visitada ao longo de ambas as margens, sendo que a margem sul é servida por uma estrada asfaltada e a norte por um caminho de terra batida, embora transitável para qualquer viatura.
Margem norte
Tomando a estrada que fica à saída da povoação de Melides (a azul no mapa) e que serve de acesso ao cemitério, continua-se sempre em frente pelo caminho de terra batida. Logo no início dos arrozais existe uma colónia de abelharucos e vários bandos de íbis-preta, do lado direito, no pinhal, é possível observar a pega-azul, a gralha-preta, a poupa e, com alguma sorte, ouve-se o cuco-canoro.
Mais à frente na lagoa propriamente dito, observam-se bandos de
patos-de-bico-vermelho, no fim do caminho, já perto da praia, é zona de alimentação da gralha-preta.
Margem sul
Depois da povoação de Melides, pela nacional 261 (a vermelho no mapa), vira-se no primeiro entroncamento à direita, com a indicação de Lagoa de Melides, poucos metros à frente, do lado esquerdo, existe outra colónia de abelharucos. À entrada da povoação de Moinho do Vau, em frente a um armazém que vende pinhas, toma-se um caminho de terra batida à direita, caminho esse que vai atravessar a ribeira de Melides e dá acesso aos arrozais, do lado direito, assim como ao início da lagoa, zona excelente para observar, no Inverno, a narceja-comum, a marrequinha e durante todo o ano, a íbis-preta e o colhereiro. Continuando em frente pelo mesmo caminho, vai se dar à estrada da margem norte.
Voltando de novo à estrada (a verde no mapa) que vai dar à praia da lagoa e cerca de 200 metros antes do parque de campismo, existe um caminho que dá acesso à margem da lagoa, aí avista-se o tartaranhão-dos-pauis, o caimão, o pernilongo, o mergulhão-pequeno, o galeirão e, na Primavera e no Verão, o rouxinol-pequeno-dos-caniços e é bom local para ver a águia-pesqueira. Dentro da lagoa existem varias pequenas ilhas, que são frequentadas, na época estival, pela garça-vermelha e pelo colhereiro. Já junto à praia (a amarelo no mapa) encontra-se mais um bom local de acesso, aí foi observado o papa-ratos e é um local com boa visão para as mencionadas ilhas. Nos pinhais circundantes é possível ouvir a coruja-do-mato.
Melhor época: todo o ano
Distrito: Setúbal
Concelho: Grândola
Onde fica: na costa alentejana, entre a península de Tróia e o cabo de Sines. Saindo da auto-estrada A2 no nó de Grândola, toma-se o IC33 até à saída para a nacional nº 261-2, aí seguimos até à povoação de Melides, a qual atravessamos na totalidade e no fim da mesma podemos optar pela margem norte ou sul da lagoa, sendo que a margem norte fica à esquerda no caminho para o cemitério e para a margem sul seguimos pela direita até ao entroncamento com a indicação da lagoa.