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Ria de Alvor
Entre Portimão e Lagos a ria de Alvor forma um amplo e
complexo sistema estuarino, para o qual drenam as
ribeiras de Odeáxere e Arão a poente, e as ribeiras do
Farelo e Torre a nascente, com origem nas Serras de
Monchique e Espinhaço de Cão. A zona lagunar
encontra-se separada e protegida do mar por duas
línguas de areia, a Praia de Alvor a nascente e a
Meia-Praia a poente, rodeando dois promontórios, a
Quinta da Rocha e a Abicada.

Aves aquáticas:
corvo-marinho-de-faces-brancas, garça-branca-pequena, garça-real, flamingo,
ostraceiro, pernilongo, borrelho-grande-de-coleira,
borrelho-de-coleira-interrompida, tarambola-cinzenta, pilrito-das-praias,
pilrito-comum, maçarico-de-bico-direito, maçarico-galego, rola-do-mar,
gaivota-argêntea, garajau-grande, andorinha-do-mar-anã, garajau-comum
Grandes aves terrestres:
garça-boieira, alcaravão, mocho-galego, abelharuco, poupa,
pica-pau-malhado-pequeno
Passeriformes:
cotovia-de-poupa, alvéola-amarela, alvéola-branca, pisco-de-peito-ruivo,
pisco-de-peito-azul, rabirruivo-preto, chasco-cinzento,
rouxinol-pequeno-dos-caniços, felosa-poliglota, felosa-das-figueiras,
toutinegra-de-barrete-preto, felosa-comum, papa-moscas-cinzento,
papa-moscas-preto, picanço-barreteiro, pega-azul, trigueirão
Raridades:
ganso-de-faces-pretas, pato-ferrugíneo, eider, pato-de-cauda-afilada,
tarambola-americana, abibe-sociável, pilrito-semipalmado,
pilrito-de-uropígio-branco, pilrito-de-colete, perna-verde-fino,
maçarico-solitário, maçarico-sovela, moleiro-rabilongo, gaivota-de-bico-fino,
gaivota-de-bico-riscado, garajau-real, andorinhão-pequeno, petinha-de-richard,
chasco-de-barrete-branco, felosa-agrícola, felosa-icterina, felosa-bilistada,
escrevedeira-rústica
Nos campos agrícolas, durante a migração
outonal é possível observar o movimento de
centenas de passeriformes que procuram
áreas de repouso e alimentação durante
esta epopeia que é a migração. Destacam-se
como migradores de passagem
chasco-cinzento,
rouxinol-pequeno-dos-caniços,
felosa-poliglota, felosa-das-figueiras,
toutinegra-de-barrete-preto, felosa-comum,
papa-moscas-cinzento, papa-moscas-preto,
em como outras espécies de felosas. No
Inverno é comum observar alvéola-branca,
pisco-de-peito-ruivo e rabirruivo-preto. Ao
longo do ano para além das aves associadas
a campos agrícolas, é possível encontrar o
alcaravão.
Chegados ao parque de estacionamento, a zona húmida - laguna e sapais - pode
ser explorada a pé seguindo o dique que rodeia uma área de sapal. Nesta área de
sapal pode-se observar flamingo, garça-real, garça-branca-pequena,
maçarico-de-bico-direito, borrelho-de-coleira-interrompida,
borrelho-grande-de-coleira, pernilongo, cotovia-de-poupa e muitas outras aves
limícolas.
Na laguna durante a maré vazia as gaivotas-argênteas descansam nos bancos de
areia a descoberto. Entre elas há sempre a oportunidade de ver outras espécies de
aves como o corvo-marinho-de-faces-brancas, o ostraceiro, o pilrito-das-praias, o
garajau-comum e o garajau-grande. Na época de nidificação, a
andorinha-do-mar-anã encontra nesta área um local privilegiado de alimentação,
nidificando no sistema dunar que separa a ria do mar.
Junto às salinas nos bancos de vasa e sapal que se encontram na ribeira de
Odiáxere a presença do maçarico-galego, da rola-do-mar e da tarambola-cinzenta
não passa despercebida. Aqui, e ao longo dos diques durante os meses de Inverno
esconde-se o pisco-de-peito-azul. No Verão a alvéola-amarela mostra os seus voos
graciosos nas áreas interiores de sapal.
A partir da vila de Alvor este sistema estuarino pode ser explorado percorrendo a
pé o sistema dunar. No interior, durante a maré vazia nos bancos de areia a
descoberto para além da gaivota-argêntea, é possível observar o garajau-comum.
Junto à embocadura da ria nos bancos de areia observam-se ostraceiro,
rola-do-mar, pilrito-das-praias entre outras aves limícolas. Nas dunas observa-se
cotovia-de-poupa, borrelho-de-coleira-interrompida e andorinha-do-mar-anã, que
utilizam esta área para nidificar.
A península da Quinta da Rocha é ocupada por figueiras, oliveiras e outras árvores
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Os sapais da Ria de Alvor são frequentados por diversas espécies de limícolas, que aqui se alimentam durante a preia-mar
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Visita:
Na rotunda de acesso à vila da Mexilhoeira Grande que existe na EN125, toma-se a
saída que segue para sul, na direcção oposta à vila. Atravessa-se a passagem de
nível da Linha do Algarve (dista cerca de 150 metros) e entramos na Quinta da
Rocha, uma península que nos leva à Ria de Alvor.
Seguindo em frente atravessam-se campos agrícolas, grande parte abandonados,
dominadas por culturas de pequena dimensão compostas por amendoeiras,
oliveiras, alfarrobeiras, romãzeiras, marmeleiros e figueiras, bem como alguns
pequenos pomares de citrinos e baldios.
Durante este percurso é fácil observar fringilídeos (pintassilgo, chamariz, verdilhão,
pintarroxo) e ainda trigueirão, pega-azul, poupa e, na época de nidificação, durante
o dia no topo de um poste telefónico ou casa em ruínas, o mocho-galego. Nas
áreas de pastagem a acompanhar o gado bovino ou caprino temos garças-boieiras.
No Verão o abelharuco e as diferentes andorinhas mostram sua beleza e agilidade.
A diversidade de habitats numa área relativamente pequena – cerca de 1700
hectares – proporcionam a observação de uma grande diversidade de aves típicas
de estuários e sapais, aves marinhas e aves associadas a campos agrícolas.
A ria de Alvor é um Sítio Ramsar.
Para saber mais clique aqui.
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Melhor época: Setembro a Maio
Distrito: Faro
Concelhos: Lagos e Portimão
Onde fica: A Ria de Alvor localiza-se no barlavento algarvio entre as cidades de
Portimão e Lagos. Para quem vem de Lisboa, seguir pela A2 e depois pela A22
saindo no nó de Alvor. Para chegar à Quinta da Rocha, na EN125 na rotunda da
Mexilhoeira Grande – vila situada entre as cidades de Portimão e Lagos – virar para
sul, 150 metros mais à frente atravessar a passagem de nível e seguir em frente
cerca de 2,5 Km até chegar junto do sapal e estuário. Aqui pode-se deixar o carro e
explorar a pé o dique. No caso de querer explorar a Ria de Alvor a partir do sistema
dunar deverá tomar a direcção de Alvor. Aqui chegado deixar o carro na zona
ribeirinha de Alvor e seguir a pé entre o sistema dunar e o estuário/sapal até ao
molhe e regressar pela praia.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos: