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Estuário do Sado
Uma das maiores zonas húmidas do país, o estuário do
Sado é também um dos melhores locais para
observação de aves em qualquer época do ano. Não é
difícil observar 80 espécies num dia se forem visitados
os principais locais e, em certas épocas do ano, é
mesmo possível chegar às 100 espécies.
Visita:
Em termos de itinerários de visita, o estuário pode ser dividido em margem norte e
margem sul.


MARGEM NORTE
Compreende a zona que se estende desde Alcácer do Sal até Setúbal, passando
por Águas de Moura, Praias do Sado e pela zona industrial da Mitrena.

Na margem norte o local mais acessível é a zona da
Mourisca. Neste local existem
alguns percursos de observação assinalados (
ver folheto - 6,5 MB), resultantes de
uma colaboração entre o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a
Câmara Municipal de Setúbal.

Outra zona interessante situa-se no
Zambujal, perto de Águas de Moura. Para
chegar a este local, deve tomar-se a N10 a partir de Setúbal, virando no km 54. Ao
fim de cerca de 1 km chega-se a uma ponte metálica (antiga ponte ferroviária)
sobre a ribeira da Marateca. Este é um local excelente para observar limícolas
durante a maré baixa. Entre as espécies de limícolas que habitualmente aqui
ocorrem são de referir:
pernilongo, alfaiate, borrelho-grande-de-coleira,
borrelho-de-coleira-interrompida, pilrito-pequeno, perna-vermelha-comum e
maçarico-das-rochas. Outras espécies que geralmente podem ser vistas a partir da
ponte são o
mergulhão-de-pescoço-preto, o corvo-marinho-de-faces-brancas, a
garça-branca-pequena, a garça-real, o colhereiro e o guincho-comum. Nas zonas
circundantes, que frequentemente se encontram encharcadas, podem ver-se
espécies como a
íbis-preta, a garça-vermelha, o peneireiro-cinzento, o
tartaranhão-ruivo-dos-pauis, a galinha-d'água, a andorinha-do-mar-anã e a
petinha-ribeirinha. Neste local existe uma pequena população do exótico
bispo-de-
coroa-amarela.

Alguns quilómetros mais a oeste situa-se o
Bairro da Bonita e logo a sul do
mesmo fica um complexo de salinas denominadas do
Pinheiro Torto. Este é um
local excelente para observar limícolas, principalmente durante a maré-cheia. Entre
as espécies que aqui têm sido regularmente observadas são de referir: o
pernilongo, o alfaiate, o borrelho-de-coleira-interrompida, o
maçarico-de-bico-direito, o perna-vermelha-comum e o perna-verde. Este é
também um bom local para observar pequenos bandos de
flamingos e alguns
passeriformes, como a
cotovia-de-poupa e a alvéola-amarela.

A
Herdade do Pinheiro é um dos melhores locais para observação de aves, tanto
terrestres como aquáticas. As lagoas de Bem-Pais e da Sachola são um bom sítio
para procurar o
galeirão e diversas espécies de patos, sendo também um local de
fácil observação do
guarda-rios; os montados circundantes albergam
pica-pau-malhado-grande, picanço-barreteiro, trepadeira-azul e, no Inverno,
grandes bandos de
pombos-torcazes. Infelizmente, nos últimos anos o acesso a
esta zona tem estado muito condicionado e é fundamental obter autorização.

Seguindo pela N5 (ou IC1) para sul, pode virar-se à direita junto à aldeia de Palma,
seguindo então em direcção ao
Monte Novo. Aqui há vastos montados de sobro
onde são frequentes espécies florestais, como o
chapim-real, a trepadeira-comum,
a
trepadeira-azul ou o tentilhão.

Cerca de 3 km a noroeste do Monte Novo fica a
Herdade de Abul. Para chegar
aqui, deve virar-se à direita logo após a passagem de nível e prosseguir durante
cerca de 3 km por um caminho de areia (transitável). Inicialmente este percurso
segue por zonas florestais, mas depois dá lugar a uma vasta extensão de arrozais,
onde são frequentes as
narcejas-comuns, as petinhas-dos-prados e as
fuinhas-dos-juncos. Um pouco adiante, surge uma casa isolada com um cais
palafítico, a partir de onde se obtém uma ampla vista sobre o estuário. Este é um
dos melhores locais para observar o
arrabio, que ocorre nesta parte do estuário em
números consideráveis. Outras espécies de aves aquáticas que aqui podem ser
vistas são o
corvo-marinho-de-faces-brancas, o merganso-de-poupa, o
maçarico-galego e o perna-verde-comum.
Aves aquáticas:
marrequinha, pato-real, arrabio, merganso-de-poupa, mergulhão-pequeno,
mergulhão-de-pescoço-preto, corvo-marinho-de-faces-brancas,
garça-branca-pequena, garça-vermelha, garça-real, íbis-preta, colhereiro,
flamingo, águia-pesqueira, caimão, galeirão, ostraceiro, pernilongo, alfaiate,
borrelho-grande-de-coleira, borrelho-de-coleira-interrompida,
tarambola-cinzenta, pilrito-pequeno, pilrito-comum, narceja-comum,
maçarico-de-bico-direito, fuselo, perna-vermelha-comum, perna-verde-comum,
maçarico-das-rochas, garajau-comum, coruja-do-nabal, guarda-rios

Grandes aves terrestres:
garça-boieira, cegonha-branca, peneireiro-cinzento,
tartaranhão-ruivo-dos-pauis, bútio-comum, águia-calçada, codorniz, abibe,
pombo-torcaz, coruja-do-mato, noitibó-de-nuca-vermelha,
andorinhão-pálido, pica-pau-malhado-grande, pica-pau-galego

Passeriformes:
cotovia-de-poupa, andorinha-das-barreiras, petinha-dos-prados,
petinha-ribeirinha, alvéola-amarela, pisco-de-peito-azul, rouxinol-bravo,
fuinha-dos-juncos, rouxinol-grande-dos-caniços, felosa-poliglota,
felosa-de-bonelli, felosa-ibérica, estrelinha-de-cabeça-listada, trepadeira-azul,
trepadeira-comum, chapim-de-poupa, chapim-de-faces-pretas, pega-azul,
gralha-preta, bico-grossudo, escrevedeira-de-garganta-preta,
escrevedeira-dos-caniços

Raridades:
mobelha-pequena, mobelha-grande, marabu, ganso-grande-de-testa-branca,
marrequinha-americana, pato-de-touca-branca, pato-careto, pato-rabilongo,
águia-gritadeira
, galeirão-de-crista, borrelho-mongol, pilrito-canela,
perna-amarela-grande, perna-amarela-pequeno, perna-verde-fino,
maçarico-maculado, gaivota-de-bico-fino, gaivota-de-bico-riscado,
gaivota-polar, petinha-de-richard, petinha-de-garganta-ruiva
Para saber mais sobre as
aves do estuário do
Sado, carregue
aqui
MARGEM SUL
Compreende toda a zona que se estende desde Alcácer do Sal até a
Comporta e daqui para norte em direcçao a Tróia.

A
Península de Tróia é uma restinga com cerca de 15 km de
comprimento que é percorrida especialmente da parte da tarde. É um
bom local para observar
flamingos, patos e diversas espécies de
limícolas.
A Península da Carrasqueira é composta por uma pequena lezíria
que se estende para norte a partir da aldeia da Carrasqueira. Nesta
zona podem ver-se
cegonhas-brancas, garças-brancas-pequenas,
garças-reais, petinhas-ribeirinhas e escrevedeiras-dos-caniços.
Ocasionalmente surge aqui a
coruja-do-nabal. A fuinha-dos-juncos é
muito comum e na Primavera, é um bom local para procurar a
alvéola-amarela. Na extremidade norte desta península há um pequeno
caniçal onde no Inverno pode ser visto
pisco-de-peito-azul e o
chapim-de-faces-pretas. Toda a península é contornada por um dique
a partir do qual se obtêm boas vistas sobre o estuário, permitindo
observar
corvo-marinho-de-faces-brancas, bem como diversas
espécies de patos e limícolas.
Mais para leste, na estrada para Alcácer, há diversos complexos de
salinas nas zonas de Cachopos, Torrinha e Batalha. Ao longo desta
estrada é habitual ver-se a
pega-azul.
Os restolhos de arroz, como os que existem na Herdade de Abul, são um habitat muito procurado
pelas narcejas.
A ponte do Zambujal, sobre a ribeira da Marateca, é um bom local para observar limícolas na maré baixa
O estuário do
Sado é um
Sítio
Ramsar
.

Para saber mais
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O estuário do
Sado é uma
ZPE
(Zona de
Protecçao
Especial para a
Avifauna)
.

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Melhor época: Agosto a Maio

Distrito: Setúbal
Concelhos: Alcácer do Sal, Grândola, Palmela e Setúbal.
Onde fica: o estuário do Sado estende-se ao longo de 50 km entre as cidades
de Setúbal e Alcácer do Sal. É limitado a oeste pela Península de Tróia, a norte
pela Cidade de Setúbal, a leste pela Herdade do Pinheiro e a sul pela estrada N
253. A partir de Lisboa toma-se a A2 em direcção a Setúbal, podendo
cruzar-se pelo
ferry-boat em direcção a Tróia.


Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região,
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