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Salinas de Alverca
e do Forte da Casa
Situado na margem direita do Estuário do Tejo, o sítio
composto pelas salinas de Alverca, salinas do Forte da
Casa e campos agrícolas em regime extensivo, foi
recentemente classificado como área importante para as
aves (IBA), e revela-se de extrema importância como
área de nidificação e refúgio alimentar para inúmeras
espécies de aves.
Visita:
A melhor forma de visitar o local é a partir de Alverca do Ribatejo, seguindo as
indicações do Museu do Ar e instalações das OGMA, assim que atravessamos a linha
de caminho–de-ferro, podemos iniciar o percurso a pé, deixando o veículo junto à
ETAR.
Dependendo da época do ano e do estado da maré, o tanque de sedimentação
existente por trás da ETAR, o qual pode ser acedido por uma pequena estrada
alcatroada, deverá ser o nosso ponto de partida, pois para além dos sempre
presentes galeirões-comuns e patos-reais, este é um local sazonalmente
frequentado por inúmeras espécies de aves, tais como o zarro-negrinha, o pato-
trombeteiro, o pato-de-bico-vermelho, o mergulhão-de-pescoço-preto, o maçarico-
de-bico-direito, ou mesmo até, quem sabe, alguma raridade.
Voltando ao ponto de partida, junto ao portão da ETAR, seguimos ao longo da
estrada de terra, que dá acesso aos diversos tanques do complexo de salinas de
Alverca. Aqui criam os pernilongos e a sua presença constante, não nos passa
despercebida com os seus gritos de alarme em época de reprodução, seja da nossa
presença, como à passagem do frequente tartaranhão-ruivo-dos-pauis.
Seguindo ao longo das salinas, encontramos a Ribeira da Verdelha e à ponte que dá
acesso aos campos agrícolas em regime extensivo e às salinas do Forte da Casa.
Aqui podemos optar por seguir junto à Ribeira da Verdelha até à vedação de acesso
interdito da pista de aviação das OGMA, onde poderemos observar a garça-
vermelha e a perdiz-do-mar com alguma facilidade e inúmeras espécies de aves
limícolas que usam os tanques adjacentes como zona de alimentação. Ao longo da
Ribeira da Verdelha, pode-se ainda observar durante o Inverno com alguma
facilidade o pisco-de-peito-azul, ou com alguma sorte a escrevedeira-dos-caniços.
No entanto durante todo o ano estão presentes o guarda-rios, a alvéola-branca e o
maçarico-das-rochas.
Optando por seguir pela ponte na direcção das salinas do Forte da Casa, a
paisagem é em muito semelhante com as lezírias existentes na margem esquerda
do Estuário do Tejo, campos agrícolas em regime extensivo recortados por valas de
drenagem, onde o chamamento da galinha-d’água e do garçote, e o canto do
rouxinol-pequeno-dos-caniços, denunciam sempre a sua presença. Não menos
presente é a fuinha-dos-juncos, e por vezes alguns bandos numerosos e mistos de
fringilídeos: o pintassilgo e o verdilhão fazem antever a sua presença com o seu
melódico chilrear.
O complexo de salinas do Forte da Casa, é sem dúvida o local de eleição para o
cada vez mais comum pato-de-bico-vermelho, mas é no final do Inverno que em
certos anos propícios esta zona húmida revela toda a sua importância albergando
centenas de indivíduos de pato-trombeteiro, piadeira e frisada.
Seguindo pelo caminho à esquerda que ladeia as salinas voltamos a cruzar a Ribeira
da Verdelha, e seguindo o seu curso podemos tentar espreitar a zona de sapal,
onde na maré vazia, é fácil de observar o alfaiate, o flamingo, e por vezes a águia-
pesqueira.
Melhor época: final do Inverno
Distrito:Lisboa
Concelho: Vila Franca de Xira
Onde fica: Situado na margem norte do Estuário do Tejo, entre Alverca e o Forte
da Casa, o local pode ser acedido vindo da A1 e saindo no nó de Alverca (km 14),
ou pela estrada nacional 10 que liga Lisboa a Vila Franca de Xira. De ambas as
formas devemos seguir as indicações de Museu do Ar, OGMA, ou ETAR de Alverca,
que nos conduzirá a um pequeno viaduto sobre a linha férrea e ao extremo norte
do local a visitar.
Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
Aproveitando a abundante vegetação aquática, varias espécies de aves aquáticas nidificam nas antigas salinas de Alverca.
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Aves aquáticas:
piadeira, frisada, pato-real, pato-trombeteiro, pato-de-bico-vermelho,
zarro-negrinha, mergulhão-de-pescoço-preto, mergulhão-pequeno, garçote,
garça-branca-pequena, garça-vermelha, garça-real, flamingo, águia-pesqueira,
frango-d'água, galinha-d’água, galeirão-comum, pernilongo, perdiz-do-mar,
alfaiate, borrelho-grande-de-coleira, maçarico-de-bico-direito,
maçarico-das-rochas, perna-vermelha-comum, guincho-comum,
gaivota-d'asa-escura, andorinha-do-mar-anã, guarda-rios
Grandes aves terrestres:
peneireiro-cinzento, tartaranhão-ruivo-dos-pauis, tartaranhão-azulado,
bútio-comum,
Passeriformes:
petinha-ribeirinha,alvéola-branca, pisco-de-peito-azul, fuinha-dos-juncos,
rouxinol-grande-dos-caniços, rouxinol-pequeno-dos-caniços,
toutinegra-de-cabeça-preta, estorninho-preto, estorninho-malhado,
escrevedeira-dos-caniços
Devido ao abandono, as Salinas do Forte da Casa encontram-se repletas de vegetação halófita, tolerante à salinidade.
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