A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) localiza-se na cidade transmontana de Vila Real e possui um Campus com mais de 130 hectares, no qual existe uma grande variedade de habitats, que vão desde campos agrícolas, campos de vinha, matas de castanheiros, carvalhos autóctones, pinheiros e eucaliptos e ainda contempla escarpas que acompanham o rio Corgo. Esta grande diversidade de ecossistemas possibilita a observação de inúmeras espécies de aves, mamíferos e répteis.
Aves aquáticas:
pato-real, corvo-marinho-de-faces-brancas, garça-real, guarda-rios
Grandes aves terrestres:
bútio-vespeiro, bútio-comum, milhafre-preto, açor, gavião, águia-calçada, peneireiro-vulgar, ógea, falcão-peregrino, pombo-torcaz, rola-brava, coruja-do-mato, andorinhão-preto, andorinhão-pálido, andorinhão-real, poupa, pica-pau-verde, pica-pau-malhado
Passeriformes:
cotovia-das-árvores, andorinha-das-rochas, andorinha-dáurica, petinha-dos-campos, alvéola-cinzenta, alvéola-branca, carriça, ferreirinha-comum, pisco-de-peito-ruivo, rabirruivo-preto, cartaxo-comum, tordo-músico, tordoveia, rouxinol-bravo, fuinha-dos-juncos, felosa-poliglota, toutinegra-do-mato, toutinegra-de-barrete, toutinegra-de-cabeça-preta, felosa-de-bonelli, felosa-ibérica, felosa-comum, estrelinha-real, chapim-rabilongo, chapim-de-poupa, chapim-carvoeiro, trepadeira-azul, trepadeira-comum, papa-figos, gaio, gralha-preta, corvo, estorninho-preto, pardal-montês, pintarroxo, lugre, dom-fafe, bico-grossudo, bico-de-lacre, cia, escrevedeira-de-garganta-preta
Visita:
Existem muitos percursos possíveis dentro do Campus da UTAD, no entanto apenas será aqui apresentado um deles. Iniciando a visita na entrada norte da Universidade (ponto A), ou seja, pela linha do comboio desactivada, mais conhecida pela Linha do Corgo, encontramos um pinhal e uma pequena mata de castanheiros onde é possível observar pica-pau-malhado, chapim-carvoeiro, chapim-azul, chapim-real, toutinegra-de-barrete, pisco-de-peito-ruivo, melro-preto e lugre (invernante). Entre os meses de Outubro e Março é preciso ter especial atenção aos voos rápidos de uma espécie invernante bastante tímida, o bico-grossudo. Seguindo pela linha de caminho de ferro até a um entroncamento (ponto B) e virando à direita em direcção às escarpas sobre o rio Corgo, entrar-se-á num bosque fechado de castanheiros, eucaliptos e pinheiros onde se podem encontrar pica-pau-verde, papa-figos, gaio, chapim-de-poupa, chapim-rabilongo, trepadeira-azul, trepadeira-comum, carriça e tentilhão-comum. A meio deste percurso existe um miradouro (ponto C) onde se tem uma deslumbrante vista sobre o rio Corgo e onde é possível observar pombo-torcaz e a andorinha-das-rochas; entre os meses de Abril e Setembro observam-se espécies estivais como a águia-calçada e o milhafre-preto.
Prosseguindo o trajecto, começamos a descer em direcção a um campo vinhateiro mesmo encostado ao rio Corgo, e onde existe um caminho (ponto D) que desce até à pequena barragem de Terragido onde se poderão observar algumas espécies aquáticas e paludículas. Entre elas destacam-se pato-real, garça-real e corvo-marinho-de-faces-brancas (invernantes), guarda-rios, rouxinol-bravo, felosa-comum, felosa-ibérica (estival), alvéola-branca e alvéola-cinzenta. Olhando para a vinha podem ainda ser observadas as espécies de fringilídeos como verdilhão, chamariz, pintassilgo, pintarroxo e ainda rabirruivo-preto e cia. Aqui também há a oportunidade de apontar os binóculos para o céu pois sendo um ponto de água quase estático consiste num local onde os andorinhões-pretos, andorinhas-das-chaminés, andorinhas-dáuricas e andorinhas-dos-beirais vêm beber água, estando sempre atentas às investidas do gavião-europeu, do açor e, mais raramente, do falcão-peregrino.
Voltando à linha de caminho de ferro podemos ir até ao ponto mais sudoeste do Campus (Ponto E) onde se encontram alguns campos agrícolas e onde poderão ser observadas espécies como rola-brava, rola-turca, poupa, gralha-preta, mais raramente bandos de corvos em passagem, felosa-poliglota (estival), toutinegra-de-cabeça-preta, tordo-comum, tordo-ruivo (invernante), tordoveia, ferreirinha-comum (invernante) escrevedeira-de-garganta-preta, pardal-comum e bico-de-lacre. No Inverno o dom-fafe é mais facilmente audível do que observado por entre a vegetação densa ao longo do caminho de ferro. Caminhando em direcção às vinhas e campos agrícolas da UTAD (ponto F) podemos ir observando o bútio-comum, o pombo-das-rochas e o cartaxo-comum. Chegando ao campo vinhateiro podemos observar a cotovia-das-árvores, a fuinha-dos-juncos, o estorninho-preto e um pequena comunidade de pardal-montês. Durante este percurso, podem ainda ocasionalmente ser observadas espécies mais raras a nível local, como o peneireiro-vulgar, a ógea, o bútio-vespeiro, o pica-pau-galego, o melro-d’água, o andorinhão-real e outras tantas em migração pós-nupcial.
Melhor época: todo o ano
Distrito: Vila Real
Concelho: Vila Real
Onde fica: Vindo do sul de Portugal, seguir pela auto-estrada A24, sentido V. Real. Sensivelmente ao Km 75, sair para Vila Real (N322)-Z. Industrial-Aeródromo e na 1ª rotunda sair para V. Real-Aeródromo-Z. Industrial; seguir e na rotunda seguinte sair para V. Real-Aeródromo-Z. Industrial; continuar e na rotunda seguinte sair para V. Real (N313)-Aeródromo-Z. Industrial. Atravessar a Zona Industrial e na rotunda do Aeródromo seguir em frente na direcção V. Real. Virar no 2º semáforo à esquerda, indicação Universidade, até ao Campus da UTAD.
Vindo do Norte de Portugal: Seguir pela auto-estrada A24, sentido V. Real. Sair ao Km 68,5 para a IP4 (Bragança, Porto) e seguir depois a indicação Porto-V. Real. Sair para V. Real e já na cidade seguir indicação Universidade. Ou então sair ao Km 75,5 para V. Real (N322) e seguir indicações da descrição “do Sul de Portugal”.