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Campos do Lis
Os “Campos do Lis” integram todos os campos,
formados essencialmente por planícies aluviais,
localizados em redor da bacia hidrográfica do rio Lis
logo após este atravessar a cidade Leiria até chegar
ao Pinhal de Leiria. Estes campos caracterizam-se por
possuir canais e açudes construídos com a finalidade
de regar os terrenos agrícolas, os quais incluem o
cultivo de milho, hortas, arroz e pomares. Nas
margens do rio Lis, dos seus efluentes e dos canais
de rega é ainda possível observar algumas áreas onde
abundam espécies de flora típicas de uma galeria
ripícola, como são o caso do salgueiro, do freixo e do
amieiro.
Visita:
Aqui apenas será apresentado o percurso destes campos localizado entre as
localidades de Carreira e Galeota. Iniciando-se a visita junto da localidade de
Carreira, e seguindo para Sismaria, começam-se a observar campos de arroz e
hortas do lado esquerdo e galerias ripícolas do lado direito, em redor dos canais de
rega e de umas pequenas lagoas. É obrigatório fazer-se uma paragem nesta zona,
junto de umas estufas de horticultura (ponto A), pois do lado dos arrozais durante
a Primavera é comum observar-se a
garça-real, a cegonha-branca, o bútio-comum,
a
rola-de-colar e, mais escutada do que observada, a codorniz. Os canais de rega
que delimitam os campos agrícolas e arrozais possuem vastos caniçais, pelo que
com um olhar mais atento é fácil escutar-se e observar-se o
rouxinol-pequeno-dos-
caniços, o bico-de-lacre e o bispo-de-coroa-amarela. Do lado das galerias ripícolas
ocorrem espécies como o
pica-pau-verde, o pica-pau-malhado-grande, o chapim-
rabilongo, o chapim-real, a carriça, a felosa-ibérica, o pisco-de-peito-ruivo, a
toutinegra-de-barrete-preto e o rouxinol-comum. Durante os meses de Inverno, as
árvores que rodeiam uma das lagoas, servem de dormitório a várias espécies de
garças, destacando-se a
garça-boieira e a garça-branca-pequena.

Continuando o percurso em direcção a Sismaria irá observar-se do lado direito as
Salinas da Junqueira, local onde se produziu sal entre os anos 20 e 70 do século
XX. Neste local são presença constante a
galinha-d’água, o pato-real, o rouxinol-
bravo e um casal de cegonhas-brancas, que possui o ninho junto da estrada.
Prosseguindo o passeio, poder-se-á encostar o carro no ponto B que fica junto a
um enorme sobreiro, para se caminhar um pouco. Sugere-se andar pelas estradas
de terra batida que acompanham um grande canal de rega, que funciona
essencialmente para regar as culturas de arroz que o envolvem. Nestes canais de
rega poderá ser-se surpreendido com o chamamento característico do
frango-d’
água e com o voo fulminante do guarda-rios. Ainda se poderá observar o
tartaranhão-ruivo-dos-pauis, o peneireiro-cinzento, a andorinha-das-barreiras, a
andorinha-das-chaminés, a pega-rabuda, o pardal-comum, o pardal-montês, a
narceja-comum, o pisco-de-peito-azul e a escrevedeira-dos-caniços, ocorrendo
estas três espécies apenas no Inverno.

Continuando a visita, e chegado junto a uma pequena casa do lado esquerdo
(ponto C), pode-se explorar o pinhal que fica do lado direito, onde há a
possibilidade de encontrar o
gavião, o açor, o chapim-de-poupa, o chapim-
carvoeiro, a trepadeira-comum, a trepadeira-azul, o tentilhão-comum, o melro-
preto e uma grande comunidade de pombos-torcazes invernantes. Caminhando
novamente para os campos agrícolas, do lado esquerdo, poderá observar-se o
peneireiro-vulgar, o milhafre-preto, a águia-calçada, a andorinha-dáurica, o
estorninho-preto, a alvéola-branca, a poupa, o andorinhão-preto, o andorinhão-
pálido, a fuinha-dos-juncos, a toutinegra-de-cabeça-preta, a felosa-poliglota, o
cartaxo-comum e o pintassilgo.

Até chegar ao ponto D, junto de uma exploração de bovinos, irá passar-se por
vários ninhos de
cegonha-branca ao longo da estrada, espécie relativamente
recente nesta região enquanto nidificante. Para chegar ao ponto D terá de andar a
pé desde a exploração leiteira uns 200 metros para sul, seguindo um caminho de
terra batida. Aqui a visita renderá mais na estação do Inverno, já que são regulares
bandos de
abibes, tarambolas-douradas, lavercas, estorninhos-malhados,
pintarroxos-comuns, petinhas-dos-prados e petinhas-ribeirinhas. Podem-se
observar ainda os
corvos-marinhos-de-faces-brancas e os maçaricos-bique-bique
que se alimentam nos canais de rega. Ainda nos meses mais frios há que ter
particular atenção a espécies de mais difícil observação, como são o caso do
falcão-
peregrino, a coruja-do-nabal, e o esmerilhão.

Valerá a pena ainda dar uma olhadela no
rio Lis, sobre uma ponte que o atravessa,
junto da localidade de Galeota (ponto E). É comum observar-se nas margens do rio
o
maçarico-das-rochas e a alvéola-cinzenta . Poderá também observar-se o
verdilhão, o chamariz, o cuco-canoro e a felosa-comum.
Por fim, aconselha-se uma visita nocturna a este local uma vez que com alguma
facilidade se escutam e observam a
coruja-das-torres, o mocho-galego e o noitibó-
europeu.
Melhor época: todo o ano

Distrito: Leiria
Concelhos: Leiria e Marinha Grande
Onde fica: Vindo de Leiria poderá tomar a N109 em direcção à Figueira da Foz.
Passados 15,1 quilómetros terá que se virar à esquerda numa placa com a indicação
da localidade de Carreira. Neste momento encontra-se na Rua Principal desta
localidade, a qual terá de seguir durante 1,5 quilómetros até encontrar a Rua da
Junqueira, local onde se inicia o percurso.

Vindo da Figueira da Foz pela A17. Sair ao quilómetro 14 na saída para Monte Real e
tomar a N109 no sentido norte, ou seja, para Monte Redondo. Passados 1,6
quilómetros terá que se virar à esquerda numa placa com a indicação da localidade
de Carreira.


Caso pretenda conhecer outros locais para observar aves nesta região, sugerimos:
Vista sobre o rio Lis onde é comum observar a galinha-d'água e a alvéola-cinzenta
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Alguns campos agrícolas e arrozais que são possíveis de observar ao longo do percurso, locais onde se
alimentam as cegonhas-brancas e as diferentes espécies de garças